Sob alta nos casos de Covid-19, Rio prevê 2 milhões no Réveillon de Copacabana
Chamado de 'Réveillon do século' pela prefeitura, festa é programada paralelamente ao avanço da variante Delta
A prefeitura do Rio de Janeiro espera reunir 2 milhões de pessoas no tradicional Réveillon do bairro de Copacabana na Zona Sul da cidade. A estimativa está no chamamento público para patrocinadores anunciado no diário oficial da cidade. Além de três palcos em Copacabana, a prefeitura ainda quer espalhar outros dez pela cidade e contar com atrações brasileiras de renome internacional.
A promoção da festa acontece em mais um momento de alta no número de casos de coronavírus na cidade. São quatro semanas consecutivas de elevação, o que tem preocupado as autoridades de saúde do município. Além disso, dos 460 casos da variante delta confirmados pelo Ministério da Saúde, 203 estão no estado do Rio, o que tem feito políticos locais reivindicarem mais vacinas para o Ministério da Saúde.
Na festa gigantesca, além de Copacabana, a prefeitura ainda quer promover queima de fogos na Igreja da Penha e no bairro do Flamengo, também na zona Sul. Pra se ter uma ideia da dimensão do evento, o município quer instalar 1.400 banheiros químicos pela cidade, torres de som e da polícia. Duas licitações serão feitas para contratar as balsas e as queimas de fogos no mar. As atrações dependerão da oferta dos patrocinadores em potencial.
“A Prefeitura do Rio está pronta para apresentar aos cariocas e aos turistas o ‘Réveillon do século’. Nesse momento tão emblemático para o mundo e para a cidade do Rio de Janeiro aguardamos grandes parceiros para abraçarem o Réveillon de 2021″, disse a presidente da Riotur, Daniela Maia.
Depois da piora do cenário epidemiológico nos últimos dez dias, a prefeitura resolveu mudar mais uma vez o mapa de classificação de risco para transmissão do coronavírus. Agora, todo o município do Rio de Janeiro está com risco considerado alto para a circulação do vírus. O aumento de casos foi atribuído à variante delta.
“Quando a gente anuncia uma programação de reabertura, a gente não quer dizer – e eu admito o fato de ter passado essa impressão de maneira equivocada – que a situação está sob controle”, afirmou na manhã desta sexta-feira o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD). “Todo nosso planejamento ele tem e guarda relação direta com a evolução do cenário epidemiológico”, completou.