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    Delta se torna prevalente no RJ e responde por 60,3% dos casos

    Na capital, presença da variante originária da Índia é ainda mais intensa e alcança 66%

    Beatriz Puente, Iuri Corsini e Stéfano Salles, da CNN, no Rio de Janeiro

    A variante Delta avança rapidamente no Rio de Janeiro, onde já se tornou prevalente. Segundo dados divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) nesta terça-feira (17), a linhagem originária da Índia corresponde a 60,3% das amostras sequenciadas no estado. Na capital, este percentual chegou a 66%. A Delta já está presente em 67 dos 92 municípios e foi confirmada em todas as nove regiões fluminenses. Nesta última rodada, o programa de vigilância genômica da Covid-19 analisou 360 amostras coletadas entre os meses de junho e julho.

    Na rodada anterior de sequenciamento, a Delta correspondia apenas a 26,09% das variantes em circulação no estado, frente a 66,58% da variante Gamma. “Dessa forma, é possível afirmar que a variante Delta está em circulação no estado do Rio de Janeiro, com tendência de aumento, substituindo a variante Gamma”, afirmou a SES por meio de nota.

    Agora, a Gamma, originária de Manaus, representa 33,8% dos casos ativos no estado. Os novos resultados incluem ainda amostras dos dias finais de julho, o que permite concluir que a Delta se tornou prevalente já no mês passado. Os resultados anunciados não incluem sequenciamentos feitos em agosto.

    Com esse avanço da Delta, o estado voltou a ter aumento na taxa de ocupação de leitos destinados para o tratamento da Covid-19. Nesta terça-feira, seis cidades estão sem leitos de UTI para Covid-19 com taxa de ocupação de leitos de UTI em 100%. A rede privada já estima que em 15 dias terá que reabrir leitos para atender a demanda.

    As cidades que já não tem mais leitos de UTI para Covid-19 são Bom Jesus do Itabapoana, Cantagalo, Itaguaí, Itaperuna, Miracema e Nova Friburgo. Além destas, há outras três cidades (Teresópolis, Duque de Caxias e Rio) nas quais as taxas de ocupação de leitos de UTI estão acima de 90%. Na capital, a ocupação é de 95% para leitos de UTI e 87% para enfermaria.

    Fotos – vacinação no Brasil e no mundo

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    A rede privada também nota maior demanda por leitos. Em uma semana a ocupação aumentou em 10% em todo o estado. Atualmente, o Rio de Janeiro está com a média 60% das UTIs ocupadas, enquanto na capital, que contabiliza ao menos 70 casos da variante originária da Índia, a ocupação é de 70% na rede particular.

    Graccho Alvim, diretor da Associação de Hospitais do Estado do Rio de Janeiro (AHERJ), alerta para a necessidade de mais leitos e possível ocupação máxima nas próximas semanas.

    “Em julho tinha diminuído a oferta, fechamos leitos. E agora, em 15 dias, chegamos a 70% na capital, com 10 pontos percentuais de aumento. Já houve reabertura de leitos em alguns hospitais, então essa alta pode ser até maior. Em mais 15 dias a expectativa é de preocupação, se continuar assim, teremos que abrir mais leitos”, afirmou Alvim.

    O diretor da AHERJ também destacou que algumas cidades realocam pacientes nos municípios maiores, como Niterói, São Gonçalo e a capital. Logo, essas localidades servem de termômetro para a situação estadual. Graccho Alvim também afirmou à CNN que as internações têm sido mais comuns em pacientes que não se vacinaram, tomaram apenas a primeira dose ou já completaram o esquema vacinal há mais de seis meses.

    Diante deste cenário, a SES informou que vai fazer um chamamento público para contratar 150 leitos exclusivos para Covid-19. Destes, 100 serão para terapia intensiva. A pasta espera que o chamamento seja publicado em 15 dias.

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