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    Ministério da Saúde tem problemas ao distribuir vacinas, diz secretário do RJ

    À CNN Rádio, Daniel Soranz disse que mantém diálogo com a pasta, mas que falta ‘sentimento de urgência’; vacinação está interrompida na cidade

    Amanda Garcia e Camille Couto, da CNN, em SP e no Rio

    O secretário municipal de saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, disse que o Ministério de Saúde ainda tem problemas logísticos na distribuição de vacinas contra a Covid-19. A cidade interrompeu a aplicação da primeira dose devido à falta de imunizantes.

    Em entrevista à CNN Rádio, Soranz disse que o calendário do Rio foi baseado na entrega dos produtores de vacinas – Pfizer, Instituto Butantan e Fiocruz – que já têm os envios previstos, mas que a prefeitura foi surpreendida pela demora do Ministério da Saúde.

    “A gente não estava esperando que o Ministério da Saúde demoraria entre o recebimento das vacinas e a distribuição para os estados e municípios”, afirmou.

    Segundo ele, a prefeitura aguarda um posicionamento da pasta em relação à previsão de entregas dos “10 milhões de doses que estão em estoque.”

    O secretário cobrou “organização do processo”: “É necessário um plano de distribuição previamente estabelecido e em quais voos as doses serão enviadas, isso não pode acontecer só depois da liberação.”

    De acordo com Soranz, uma vacina importada depende da liberação da Receita Federal, que é feita em 15 minutos, da Anvisa, que confere se houve alteração de temperaturas dos imunizantes, em poucas horas, e do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde, que também é feito em período curto.

    “É importante que o Ministério da Saúde ajuste os processos para que possa distribuir as doses 24 horas depois do recebimento, como é de se esperar numa situação grave como essa, nada pode ser mais importante do que isso”, reforçou.

    Daniel Soranz disse que mantém diálogo com o Ministério, e conversou com o ministro Marcelo Queiroga nesta quarta-feira (11), mas avalia que falta “sentimento de urgência”: “Precisam reconhecer o problema de processo e que não tolerem os atrasos. As vacinas têm demorado às vezes mais de 6 dias para serem distribuídas, algo impensável durante o tempo de pandemia.”

    A cidade do Rio de Janeiro vive “um momento preocupante”, segundo Soranz. Com o inverno e o consequente aumento de casos de síndrome gripal, aliado ao avanço da variante delta, ele fez o alerta: “Cada dia importa, não é possível a gente esperar nem um dia a mais na distribuição de doses.”

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    Foto: Fabio Teixeira/NurPhoto via Getty Images

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