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    Wuhan vai testar 12 milhões de pessoas em meio a disseminação da variante Delta

    Cidade chinesa não relatava casos locais de coronavírus desde meados de maio de 2020

    Reuters

    A cidade chinesa de Wuhan fará exames de Covid-19 em todos seus 12 milhões de habitantes depois de confirmar seus primeiros casos domésticos da variante Delta altamente transmissível.

    Wuhan, onde o vírus surgiu no final de 2019, não relatava casos locais de coronavírus desde meados de maio do ano passado, mas na segunda-feira (2) as autoridades confirmaram três casos da variante Delta. A linhagem foi encontrada em um punhado de províncias e em cidades grandes, incluindo Pequim, ao longo das últimas duas semanas.

    “Para garantir a segurança de todos na cidade, exames de ácido nucleico de âmbito municipal serão disponibilizados rapidamente para todas as pessoas para averiguar plenamente os resultados positivos e as infecções assintomáticas”, disse Li Qiang, uma autoridade de Wuhan, em uma entrevista coletiva.

    Partes de uma zona industrial e tecnológica foram isoladas, uma medida vista raramente na cidade desde um lockdown do ano passado.

    Os casos novos de Wuhan, assim como as infecções detectadas nas cidades vizinhas de Jingzhou e Huanggang desde o sábado (31), estão ligados a casos na cidade de Huaian, da província de Jiangsu, disse Li Yang, vice-diretor do centro de controle de doenças da província de Hubei.

    Acredita-se que o surto de Jiangsu começou na capital provincial de Nanjing no final de julho e que é mais provável que a variante Delta tenha vindo de um voo da Rússia, dizem autoridades.

    A China controlou a epidemia no ano passado e só combateu alguns surtos localizados desde então.

    Os níveis de reação de emergência foram reduzidos e pessoas fora de áreas atingidas pelo vírus praticamente retomaram vidas normais, o que pode ter contribuído para o surto mais recente.

    Na segunda-feira, uma autoridade de Nanjing disse que, mesmo depois de os primeiros casos serem divulgados, algumas lojas não verificavam as credenciais digitais de saúde dos clientes com rigor e algumas não usavam máscaras corretamente.

    Autoridades de Jiangsu disseram que a causa central do surto de Nanjing foi o “relaxamento da mente”.

    O número de casos locais da China desde 20 de julho, quando as primeiras infecções de Nanjing foram descobertas, estava em 414 até segunda-feira.

    Várias cidades do sul chinês e algumas do norte, incluindo Pequim, relatam infecções, e as autoridades desaconselham viagens não-essenciais, realizam exames em massa e isolam alguns bairros de maior risco.

    O primeiro da nova leva de casos de Nanjing surgiu entre faxineiros do Aeroporto Internacional Nanjing Lukou, possivelmente devido à limpeza e à proteção insuficientes após a desinfecção de um avião da Rússia, disse uma autoridade municipal na semana passada.

    *Por Ryan Woo, Liangping Gao e Roxanne Liu; reportagem adicional da redação de Pequim

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