Testes clínicos de vacina contra Covid-19 da UFRJ devem começar em novembro
À CNN, a pesquisadora Leda Castilho explicou que o resultado de testes em animais com o imunizante será submetido à Anvisa para análise
![Profissional de saúde prepara seringa com vacina contra Covid-19 de Oxford Profissional de saúde prepara seringa com vacina contra Covid-19 de Oxford](https://preprod.cnnbrasil.com.br/wp-content/uploads/sites/12/2021/08/24643_F895DA4516DEE515-2.jpg?w=1220&h=674&crop=1)
A vacina em potencial contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade Federal do Rio de Janeiro deve avançar para a fase de testes clínicos – em humanos – no último bimestre deste ano.
Esta é a expectativa da coordenadora do Laboratório de Engenharia de Cultivos Celulares da Coppe/UFRJ, Leda Castilho. Em entrevista à CNN, ela disse que 150 páginas de resultados referentes à produção e ao controle de qualidade serão submetidas à Anvisa para análise.
“Ainda estamos numa fase inicial, relatando resultados que mostram que o imunizante induz de forma intensa em animais a produção de anticorpos”, disse.
Ela ressaltou, no entanto, que a pesquisa ainda está em andamento em animais: “Até outubro vamos complementar com mais dados pré-clínicos, em animais, e vamos discutir outros resultados, quando estiver completo a Anvisa pode tomar a decisão, esperamos fazer testes em humanos em novembro.”
Uma vez que a Anvisa libere a pesquisa em humanos, o grupo de voluntários buscado pela UFRJ é de adultos acima de 18 anos, homens e mulheres, já vacinados há pelo menos 12 semanas e que não tiveram Covid-19.
“Em novembro e dezembro seria muito difícil conseguir o número de mil voluntários que não fossem vacinados”, explicou.
Fotos – vacinação no Brasil e no mundo
- 1 de 16Posto de vacinação no Museu da República, no Catete, no Rio de Janeiro. Veja a vacinação contra a Covid-19 no Brasil e no mundo Crédito: Pedro Duran/CNN
- 2 de 16Enfermeira mostra vacina contra a Covid-19 para mulher no Rio de Janeiro Crédito: Mario Tama/Getty Images
- 3 de 16Enfermeira do SUS aplica vacina contra Covid-19 em homem em sua casa na Rocinha, no Rio, em uma das rondas frequentes que profissionais de saúde fazem na comunidade para imunizar pessoas que não querem ir ao posto Crédito: Mario Tama/Getty Images
- 4 de 16Vacinação contra a Covid-19 em São Paulo Crédito: Reuters/Carla Carniel
- 5 de 16Enfermeira na campanha de vacinação contra a Covid-19 na Ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro Crédito: Fernando Souza/picture alliance via Getty Images
- 6 de 16Boris Johnson visita centro de vacinação contra a Covid-19 em Londres Crédito: Alberto Pezzali - WPA Pool/Getty Images
- 7 de 16Japonesa faz triagem para ser vacinada contra Covid-19 Crédito: Stanislav Kogiku - 2.ago.2021/Pool Photo via AP
- 8 de 16China vacina estudantes universitários contra a Covid-19 Crédito: Costfoto/Barcroft Media via Getty Images
- 9 de 16Alguns países já fazem a vacinação de adolescentes contra a Covid-19 Crédito: Getty Images (FG Trade)
- 10 de 16Enfermeira aplica vacina em Dhaka, Bangladesh, que pretende imunizar 10 milhões em uma semana Crédito: Maruf Rahman / Eyepix Group/Barcroft Media via Getty Images
- 11 de 16Cidade de Aue-Bad Schlema, na Alemanha, distribui cachorros-quentes gratuitamente para quem apresentar o cartão de vacinação Crédito: Hendrik Schmidt/picture alliance via Getty Images
- 12 de 16Vacinação contra Covid-19 em Nova Délhi, na Índia Crédito: Adnan Abidi/Reuters
- 13 de 16Homem de 45 anos é vacinado em posto drive-in na cidade de Bhubaneswar, na Índia Crédito: STR/NurPhoto via Getty Images
- 14 de 16Vacinação contra a Covid-19 em prisão em Harare, Zimbabwe Crédito: Tafadzwa Ufumeli/Getty Images
- 15 de 16Vacinação contra a Covid-19 em Dakar, no Senegal Crédito: Fatma Esma Arslan/Anadolu Agency via Getty Images
- 16 de 16Vacinação contra a Covid-19 em Bangcoc, Tailândia Crédito: Reuters/Athit Perawongmetha
Mesmo assim, ela crê em bons resultados: “A gente acredita plenamente que vai ver diferença bastante boa na produção de anticorpos mesmo nas pessoas vacinadas.”
Uma vantagem da vacina da UFRJ é que ela já trabalha para ser ajustada para combate às variantes do coronavírus que estão circulando, como a delta, gama e beta.
Segundo Leda Castilho, o estudo, que começou em fevereiro de 2020 não teve “a disponibilidade de verba que grandes empresas tiveram, já que muitos governos fizeram investimentos muito altos nas vacinas aprovadas e isso explica porque foram desenvolvidas tão rapidamente.”