Expectativa é de elevação da temperatura na próxima semana, diz meteorologista
De acordo com o metereologista Filipe Pungirum "o pior frio já passou"
Uma forte massa de ar de origem polar atua sobre diversas áreas do Brasil no final do mês de julho. Desde quarta-feira (28) o frio se intensificou no país. Neste fim de semana, em áreas do centro-sul do Brasil, as capitais devem registrar novos recordes de temperatura mínima. A expectativa, no entanto, é que o clima se torne mais ameno nos próximos dias. É o que explica o metereologista da Climatempo, Filipe Pungirum.
“Teremos vários dias no centro-sul do país de grandes altitudes térmicas, dias de cebola, a gente vai tirando as cascas aos poucos. Mínimas baixinhas, manhãs bem frias, mas tardes mais amenas e aquecidas. A expectativa é de temperatura ligeiramente em elevação ao longo desta próxima semana.”
De acordo com a Climatempo, São Paulo bateu o recorde de temperatura mínima, dos últimos cinco anos, ao registrar 4 graus na capital. Pungirum detalha o porquê do frio ter sido tão rigoroso.
“O que aconteceu foi que nós tivemos uma frente fria que avançou junto com um pico da oscilação Antártica. Nós temos uma oscilação no polo sul que, através de variações de pressão, permite que o ar frio avance mais ou fique mais retraído. Coincidentemente, essa frente fria avançou justo no período em que esta oscilação estava mais retraída, permitindo que o ar frio avançasse mais pelo país.”
O metereologista garante que a tendência é que as temperaturas caiam. “O pior frio já passou”, afirma, mas agosto ainda será marcado por algumas frente frias. “A gente tem previsão de outras massas de ar frio, de duas a três ao longo de agosto, porém, por enquanto, nas nossas simulações, elas não aparecem com intensidade similar a essa e a última da semana passada.”
A respeito da primavera que se avizinha, Pungirum antecipa que o tempo seco combinado com a maior presença do sol vai gerar ondas de calor. “Há previsão de calor intenso na primavera e no verão. Há uma expectativa na diminuição do avanço de frentes frias durante a primavera e a gente sabe que é uma época de transição, onde eu tenho mais energia do sol chegando à superfície, porém ainda tenho uma atmosfera mais seca, com resquícios de inverno.”