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    Queda na temperatura aumenta preocupação com pessoas sem moradia no Rio

    Na capital fluminense, somente no primeiro semestre deste ano, foram registrados 545.474 pedidos de auxílio à moradia, 26% a mais do que em 2020

    *Mylena Guedes, da CNN, no Rio

    Com a chegada da frente fria e a queda da temperatura acompanhada de pancadas de chuva no estado do Rio de Janeiro, a preocupação com pessoas em situação de rua fica ainda maior.  Na capital fluminense, somente no primeiro semestre deste ano, foram registrados 545.474 pedidos de auxílio à moradia, 26% a mais do que no mesmo período de 2020. Os dados obtidos pela CNN são da Secretaria municipal de Assistência Social. 
     
    Para que as consequências do frio sejam minimizadas, organizações sociais, instituições e voluntários promovem ações como doações de cobertas, moletons, toucas e ingredientes para preparo de sopas, que são distribuídas para a população em situação de vulnerabilidade.  

    Em Petrópolis, na Região Serrana do estado, onde a temperatura pode chegar a 4°C nesta quinta-feira (29), três barracas temporárias foram montadas pela prefeitura para acolhimento durante o frio intenso. Dentro delas, há colchonetes e banheiros. 

    No Instituto LAR – Levante, Ande e Recomece, cerca de mil quentinhas são distribuídas mensalmente, todos os dias da semana na cidade do Rio. Só em junho, foram mais de três toneladas de alimentos doados.  

    Em todas as manhãs de sábado também ocorre a “ação de banho”, em que pessoas em situação de rua podem ir até a sede do LAR, no centro da cidade, para tomar um banho quente, colocar roupas novas e, inclusive, receber um novo corte de cabelo. 

    Fundada há mais de quatro anos, a Instituição recebe todos os tipos de doação, de alimento à material de limpeza e conta com diversas parcerias para que o projeto siga dando certo.  

    A advogada e diretora financeira do Instituto, Amanda Vianna, afirma que o objetivo agora é conseguir aumentar a quantidade de doações. “As doações ainda estão bem tímidas. Poderiam ser mais expressivas. Os cobertores chegam em maior quantidade, mas estamos precisando bastante de calçados, principalmente masculinos, calças e meias”.

    O trabalho foi intensificado no começo desse inverno. Segunda a diretora, necessidades básicas ficaram ainda mais em evidência. “Durante a semana entregamos, por dia, aproximadamente 150 quentinhas no jantar. Sábado e domingo o mesmo número, mas para o almoço. Já são 62 mil pessoas impactadas pelas nossas ações e 97 toneladas alimentos distribuídos desde início dessa pandemia”, afirma Amanda.

    De acordo com a Climatempo, as temperaturas mais baixas na capital devem ser registradas na sexta-feira, com mínima prevista de 9°C. Apesar de ser bem mais quente que no resto do país, principalmente no Sul, onde já há registro de neve esta semana, os cariocas não estão acostumados com baixas temperaturas.

    Nesta quinta-feira (29), a cidade do Rio terá pancadas de chuva a partir da manhã, com máxima prevista de apenas 18°C.  

    Quando a frente fria chegou no Sudeste do país, nessa quarta-feira (28), uma tonelada de roupas e cobertores foram distribuídos pela prefeitura da capital. As doações fazem parte da Campanha do Agasalho, em que toda a população pode deixar peças nos BRTs da cidade.  

    A principal ação durante o inverno é tentar convencer a população que vive nas ruas a ser encaminhadas para um dos abrigos do município, segundo a Secretaria de Assistência Social. O trabalho de abordagem é realizado em três turnos, todos os dias da semana.  
      
     *Sob supervisão de Helena Vieira