PT vai explorar histórico de críticas de Bolsonaro ao Bolsa Família
Partido, que não vai se opor a reajuste, busca estratégia para reagir ao que chama de desmonte da estrutura do programa original
O anúncio do Auxílio Brasil, novo benefício social criado pela equipe econômica do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para substituir o Bolsa Família, provocou reação entre membros do Partido dos Trabalhadores (PT). As informações são da âncora da CNN Daniela Lima.
O PT não vai votar contra um aumento do novo benefício no Congresso Nacional, pois entende que é inviável politicamente para o partido se posicionar dessa forma em relação a um programa que criou e agora é reformulado na gestão de Bolsonaro.
No entanto, a sigla quer “reviver” críticas do presidente ao Bolsa Família. Em diversas declarações ao longo da vida política, incluindo quando era deputado e candidato à Presidência, Bolsonaro criticou o programa social e até chegou a chamá-lo de “bolsa farelo”.
Para o PT, o momento é de explorar o histórico do presidente com o benefício para alegar que Bolsonaro agora faz oportunismo eleitoreiro com o novo programa.
Com o aval do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi criado um grupo para estudar não só a medida provisória como também a PEC que vai viabilizar os recursos para Auxílio Brasil. O grupo é chefiado pela ex-ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, que é economista.
O partido pretende denunciar o que está chamando de desmonte da estrutura do Bolsa Família e, para a presidente da sigla, Gleisi Hoffmann, o Auxílio Brasil praticamente acaba com o Cadastro Único de beneficários e desfigura os principais eixos do programa original, que permitiam que ele funcionasse há quase duas décadas.
(publicado por Fernanda Colavitti)