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    Twitter bloqueia conta de Roberto Jefferson após decisão do STF 

    Foi a segunda vez que o ministro Alexandre de Moraes determinou que o perfil do ex-deputado federal fosse retirada do ar  

    Iuri Corsini, da CNN, no Rio de Janeiro

    Após determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, o Twitter bloqueou a conta do ex-deputado federal Roberto Jefferson, presidente nacional do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB).

    O perfil saiu do ar por volta das 10h desta sexta-feira (13). A última postagem foi feita pouco antes de a Polícia Federal chegar na casa do político, na cidade de Comendador Levy Gasparian, no interior do Rio de Janeiro. 

    No pedido, o ministro afirmou que o bloqueio da conta, na rede social, seria “necessário para a interrupção dos discursos criminosos de ódio e contrários às Instituições democráticas e às eleições”.

    A CNN entrou em contato com a assessoria do Twitter sobre o pedido de bloqueio, mas até o momento não teve retorno. Essa não foi a primeira vez que uma decisão judicial levou à suspensão de perfil em rede social de Roberto Jefferson.

    Em julho do ano passado, Alexandre de Moraes expediu decisão para que o ex-deputado tivesse sua conta bloqueada. O pedido se deu no âmbito do inquérito das fake news, que apura ofensas e ameaças contra autoridades e disseminação de notícias falsas. 

    Na justificativa, o ministro disse naquele momento que a medida era necessária “para a interrupção dos discursos com conteúdo de ódio, subversão da ordem e incentivo à quebra da normalidade institucional e democrática”.

    Na época, Moraes afirmou ainda que o ex-deputado é “um dos responsáveis pelas postagens reiteradas em redes sociais de mensagens contendo graves ofensas a esta Corte e seus integrantes, com conteúdo de ódio e de subversão da ordem”.

    Na ocasião, após o bloqueio, em entrevista à CNN, o presidente do PTB qualificou o episódio como uma grave censura praticada pelo STF.  

    “Em pleno terceiro milênio e uma ditadura desses juízes, eu fui censurado mais uma vez. Eu tenho 210 mil seguidores e 90 milhões de interações, estão calando a minha voz”, publicou ele na época.

    Com sua conta no Twitter fora do ar, Jefferson chegou a usar o perfil da filha, a também ex-deputada federal Cristiane Brasil. Na ocasião, o nome da conta foi alterado para “Roberto Jefferson censurado”. Mais uma vez, o alvo foi o ministro Alexandre de Moraes.

    “Amigos aqui é Roberto Jefferson. Entrei na conta da minha filha para agradecer a todos pelo apoio. Em breve estaremos juntos novamente! Alexandre, não temo sua tirania”, publicou.

    O presidente nacional do PTB foi preso pela Polícia Federal na manhã desta sexta, na investigação que atribui, a Jefferson, participação em milícia digital e ataques sistemáticos às instituições, notadamente ao STF e também ao processo democrático. 

    Procurada, a defesa do presidente nacional do PTB informou que apresentará ainda nesta sexta um recurso para que a prisão do cliente seja convertida em domiciliar. A família alega que Roberto Jefferson se trata de pielonefrite, infecção renal que demanda tratamento por antibiótico e que provoca febre, fraqueza e prostração.

    Em nota, o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) demonstrou “incredulidade com a prisão de seu Presidente Nacional, Roberto Jefferson”, classificou a decisão como “arbitrária” e afirmou que o ato “demonstra, mais uma vez, a tentativa de censurar o presidente da legenda, impedindo-o de exercer seu direito à liberdade de opinião e expressão por meio das redes sociais.”

    “O PTB foi surpreendido com mais uma medida arbitrária orquestrada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Este é mais um triste capítulo da perseguição aos conservadores. Nosso partido espera que a justiça veja o quão absurda é este encarceramento. No momento, aguardamos os desdobramentos futuros para nos pronunciarmos acerca das medidas a serem adotadas”, diz a nota.

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