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    Alas política e militar do governo se dividem sobre ida de Braga Netto à CPI

    Parte do Planalto defende que general compareça para depoimento

    Caio Junqueirada CNN

     

    O requerimento de convocação do ministro da Defesa, Braga Netto, para a CPI da Covid dividiu as alas política e militar do governo. Enquanto militares têm defendido que o presidente da CPI, Omar Aziz, reveja sua posição e não paute o requerimento ou, se pautar, não agende a ida de Braga Netto para a CPI, a ala política defende que Braga Netto faça um gesto e compareça à CPI.

    O novo requerimento de convocação do general já está pronto. Foi redigido pelo senador Alessandro Vieira e está pronto para ser apreciado nesta terça-feira. Ele diz que Braga Netto precisa ser ouvido porque comandou a Casa Civil durante um ano de pandemia. Na semana passada, após uma reunião, ficou acertado pela cúpula da CPI que o requerimento seria apreciado. Mas Omar tem se sensibilizado com os pedidos dos militares.

     

    Uma solução seria aprovar o requerimento e não convocar. Interlocutores do ministro dizem que ele está incomodado com a possibilidade de depor e que ele já estará fazendo um gesto à política ao falar nesta terça-feira na Câmara dos Deputados, em sessão da Comissão de Fiscalização e Controle.

    A ala política do governo, porém, pensa o contrário. Avalia que a ida de Braga Netto é um gesto importante em um momento em que a CPI sinaliza finalizar seus trabalhos muito antes do prazo final legal, no início de novembro. Os senadores da cúpula da comissão pretendem, hoje, acabar na primeira quinzena de setembro. A ida de Braga significaria uma distensão na relação dos militares com a política em um momento em que tanques de guerra desfilam na Esplanada no mesmo dia de uma votação polêmica na Câmara como foi a da PEC do Voto Impresso. Afirmam ainda que a CPI tem direito de convocar ministros.

    Uma nova reunião da cúpula da CPI na noite desta segunda-feira (16) debateria novamente o assunto

    A ala política do governo, porém, pensa o contrário. Avalia que a ida de Braga Netto é um gesto importante dos militares à política. Tal qual a política fez aos militares nesta ida hoje do ministro da Casa Civil Ciro Nogueira à Operação Formosa.

    A leitura que foi feita da ala política é que Ciro foi até lá justamente para prestigiar os militares nas suas áreas fim. E que Braga Netto deveria ir à CPI para privilegiar a política na sua área fim.

    O gesto de Braga Netto seria relevante em um momento em que a CPI sinaliza finalizar seus trabalhos muito antes do prazo final legal, no início de novembro. Os senadores da cúpula da comissão pretendem, hoje, acabar os trabalhos na primeira quinzena de setembro.

    Walter Braga Netto
    O general Walter Braga Netto
    Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

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