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    Com Jefferson e Jairinho, Bangu 8 está sem clínico, psiquiatra e psicólogo

    Onze detententos precisam de clinícios, nove de psiquiatra e nove de psicólogo

    Stéfano Salles e Pedro Duran, da CNN, Rio de Janeiro

    A direção do Presídio Pedrolino Werling de Oliveira, conhecido como Bangu 8, pediu à Secretaria de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro que encaminhe médicos especialistas para atendimento dos detentos. Em documento obtido pela CNN, foi revelado que onze detentos necessitam de atendimento médico com clínico geral, nove de psiquiatra e nove de psicólogo

    A listagem traz os nomes de presos cujos casos tiveram repercussão na mídia. É o caso do ex-deputado e presidente do PTB, Roberto Jefferson, acusado de integrar uma ‘milícia digital’ que ataca a democracia, do ex-vereador Jairo Souza Santos Júnior, conhecido como Dr. Jairinho, réu e acusado de matar o enteado Henry Borel, em março deste ano, e do engenheiro Paulo José Arronenzi, réu pelo feminicídio da ex-mulher, a juíza Viviane Vieira do Amaral, morta na frente das filhas na véspera do Natal do ano passado. O ex-deputado precisa de clínico geral e os outros dois de psicólogo e psiquiatra. 

    Um ofício enviado na última segunda-feira (16) e assinado pelo diretor do presídio, Glauco Vinicius de Alcantara Gomes, pede ao Subsecretário de Tratamento Penitenciário da pasta “os bons préstimos no sentido de que seja providenciada a presença dos profissionais na unidade prisional para fins de atendimento dos internos”. 

    Os advogados de Roberto Jefferson recorreram ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, para soltá-lo alegando questões relacionadas à saúde. No relatório médico eles apontam uma série de doenças como diabetes, hipotireoidismo, diverticulite, e sequelas do tratamento de câncer e de uma cirurgia bariátrica, além de problemas no intestino e no rim. Um médico da Seap já reconheceu em parecer oficial que ele não pode ser tratado na prisão. A CNN procurou o ministro Alexandre de Moraes, mas ainda não teve retorno sobre o pedido da defesa de Roberto Jefferson.  

    Já o advogado de Dr. Jairinho, havia afirmado à CNN que não alegaria questões psiquiátricas relacionadas ao cliente na defesa. A especialidade médica, no entanto, foi requisitada para atender o ex-vereador do Rio pela direção do presídio. A tendência é de que Jairinho vá a júri popular, assim como Paulo José Arronenzi. 

    O documento cita haver “forte demanda entre os custodiados para tais especialidades” e lembra das “medidas adotadas para o controle de contaminação do covid-19 nas Unidades Prisionais, em especial a movimentação mínima de internos, bem como ao Princípio da Eficiência na Administração Pública que visa a otimização, economicidade e presteza do serviço público”.  

    O ofício foi enviado na véspera da prisão e exoneração do então secretário de Administração Penitenciária, Raphael Montenegro. No lugar dele assumiu o delegado federal Victor Hugo Poubel. Na ocasião da troca, o governador Cláudio Castro prometeu fazer um ‘pente-fino’ na pasta.

    “Não existe psiquiatra lotado em presídio, só hospital. O atendimento de psiquiatria é no hospital, a viatura leva. O resto estamos levantando e ajustando. Os direitos permitidos por lei do preso serão providos”, disse à CNN o secretário de Administração Penitenciária Victor Hugo Poubel.

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