Governo do RJ aciona Justiça pra saber se terá de transferir Flordelis de prisão
Secretaria de Administração Penitenciária fez consulta à juíza do caso
A Secretaria Estadual de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro ainda não sabe se a ex-deputada Flordelis dos Santos de Souza precisará sair do Instituto Penal Santo Expedito no complexo de Gericinó, em Bangu.
Nesta segunda (16/8), a juíza Nearis dos Santos Arce, responsável pela 3ª Vara Criminal de Niterói, que cuida do caso, foi questionada sobre o fato de Flordelis estar presa com outras rés nesse mesmo processo. É que uma das determinações da própria juíza é que os 11 réus acusados da morte do pastor Anderson do Carmo sejam separados.
No questionamento à Justiça, a Seap alega que “as três internas que estão no Instituto Penal Santo Expedito ficarão em espaços diferentes da unidade, sem contato, a fim de cumprir a ordem judicial que proíbe contato entre a ex-deputada e as demais rés do processo”. Se a juíza determinar a transferência, a pastora evangélica deve ir para a unidade feminina de Campos dos Goytacazes, na região norte do estado.
Um pedido para que ela deixasse Bangu e fosse para o interior do Rio de Janeiro foi protocolado pelo advogado Ângelo Máximo, que defende a família do pastor Anderson do Carmo e atua como assistente de acusação. Ele afirma que a intenção é “coibir que a ré Flordelis exerça seu alto poder de influência e domínio sobre os corréus”. As duas rés presas junto com Flordelis são a neta dela, Rayane dos Santos, e também Andreia Santos Maia, suspeita de fraudar documentos para beneficiar a ex-deputada.
Uma das integrantes da banca de advogados que defende a ex-parlamentar, Janira Rocha entende que a cliente é ‘vítima’ de uma espécie de ‘perseguição punitivista’. Eles ainda analisam as medidas jurídicas que tomarão em conjunto. Os defensores da pastora foram à Bangu nesta segunda-feira pra tentar se encontrar com a cliente.