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    Pazuello explica à PF negociações de vacinas durante gestão na Saúde; assista

    Gravações dos depoimentos do ex-ministro da Saúde e do ex-secretário-executivo Elcio Franco foram obtidas pelo analista de política da CNN Caio Junqueira

    Da CNN, em São Paulo

    O analista de política da CNN Caio Junqueira teve acesso à gravação do depoimento do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello à Polícia Federal (PF), em que detalha a compra de vacinas contra a Covid-19. Pazuello afirmou que todas as negociações passavam pela Secretaria Executiva do Ministério da Saúde, chefiada na gestão dele, pelo coronel Elcio Franco.

    “Todas as negociações foram diretamente tratadas pelo Executivo. Não há variações entre negociações. Todas são tratadas da mesma maneira pelo Executivo, por definição, por ordem, por tráfego, por tudo”, disse Pazuello.

    Ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello durante depoimento à PF
    Ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello durante depoimento à PF para esclarecer negociações de vacinas contra Covid-19
    Foto: Reprodução/CNN Brasil (4.ago.2021)

    No depoimento, o ex-ministro também disse que não teve conhecimentos de possíveis irregularidades na negociação da vacina Covaxin com a empresa Precisa Medicamentos.

    Questionado se a pasta firmou outros tipos de contratos com a Precisa e com a Bharat BioNTech, Pazuello reafirma: “não, eu não lembro e acredito que não.”

    Elcio Franco na PF

    O analista Caio Junqueira também teve acesso ao depoimento à Polícia Federal do ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde Elcio Franco.

    O ex-secretário explicou a tentativa de acordo para comprar o imunizante indiano Covaxin e negou qualquer tipo de “adiantamento” financeiro pelas doses.

    “A gente ficava cobrando da empresa e dos envolvidos no contrato pra poder acelerar esse cronograma. Também para que a empresa acelerasse o cronograma de autorização junto à Anvisa porque não depende de nós”, disse Franco à PF. “Nós só iríamos pagar a vacina após a autorização da Anvisa e após a entrega. Não íamos pagar nada antecipado.”

    Em junho, um servidor do Ministério da Saúde relatou suposta pressão para fechar o acordo, além de supostas irregularidades nas faturas do contrato. Irmão do servidor, o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) também foi ouvido pela PF sobre o caso.

    Na retomada dos trabalhos da CPI da Pandemia na terça-feira (3), os senadores aprovaram a reconvocação do ex-secretário-executivo Elcio Franco para prosseguir com a investigação de irregularidades na negociação da Covaxin.