Olimpíadas: Sem show, Dream Team dos EUA bate França e leva o tetra no basquete
Americanos vencem, mas sem uma campanha à altura das fantasias criadas em torno do apelido “time dos sonhos”
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Os Estados Unidos, quase se desquitando do apelido de Dream Team, confirmaram as expectativas e conquistaram o ouro no basquete masculino nas Olimpíadas de 2020. O time americano venceu a França, neste sábado (7), por 87 a 82. É o primeiro tetra do basquete americano desde 1968. Com o elenco clamorosamente mais qualificado do torneio, deu a lógica, mas sem tanta arte.
Pode não ser uma economia proposital de recursos, mas os Estados Unidos, com atletas acostumados a um jogo mais longo (a NBA tem 48 minutos contra 40 no resto do mundo) e intenso, são capazes de controlar o ritmo e acelerar a partida com explosão física aliada ao óbvio talento de um time com Kevin Durant, Lillard, Tatum e companhia.
Foi uma constante, ao longo da campanha, os Estados Unidos saírem perdendo, e hoje não foi diferente. A imposição não se deu nos primeiros minutos, e a França tentou capitalizar para sustentar a competitividade, fazendo 15 pontos antes que os americanos chegassem o décimo. Uma vantagem ínfima, mas que poderia sugerir um jogo equilibrado.
A vantagem acabou ainda no primeiro período, que terminou 22 a 18 para o Dream Team que, mesmo com um aproveitamento ruim nas bolas de três e certo desleixo na hora de defender, conseguiram mais volume que os franceses. Era um sinal de que o duelo poderia ser administrado sem sustos – embora sem espetáculo.
França reage e se aproxima no placar
A volta do intervalo representou o maior risco para o time francês, que terminou o primeiro tempo perdendo por cinco pontos. Os americanos voltaram mais aplicados sem a bola e dedicados, quando com ela, a acelerar a pontuação.
A vantagem chegou aos dois dígitos, mas a capacidade de reação do time francês foi provada nesse momento. A França não saiu da partida e levou uma desvantagem de só oito pontos para o período final, se valendo de um esforço monumental na defesa para diminuir a porcentagem de acerto rival, que começava a achar mais bolas de três pontos e de média distância.
Considerando que as equipes se enfrentaram no primeiro dia das Olimpíadas, e a França venceu os Estados Unidos com um basquete excelente justamente nesta parte do jogo, era o caso de acompanhar o último período sem considerar o duelo decidido.
Quem fez isso acertou: a cinco minutos do fim, a França esteve a três pontos do empate. Portanto, a uma posse de bola de eventualmente empatar. Durou pouco tempo, mas esteve. Os três pontos viraram nove dois minutos depois.
O Dream Team, com a vantagem maior, administrou perigosamente o placar. Faltando cerca de 30 segundos para o fim, uma perda de bola seguida de cesta francesa deixou a vantagem em só cinco pontos. O sonho foi alimentado até o final.
A França superou o time americano em rebotes e assistências, fez mais pontos no último período e, em suma, a melhor partida que era possível. Os campeões dos Estados Unidos entram para a história olímpica sem parágrafos mágicos. Fizeram “só” o suficiente.
Durant, claro, foi o principal marcador, com 29 pontos. Jayson Tatum marcou 19, enquanto Holiday e Lillard marcaram 11. Na França, destaque para Fournier e Gobert, com 16 pontos, e De Colo, que marcou 12. Nenhum atleta fez um duplo-duplo: o jogo foi equilibrado o suficiente para não haver performances muito dominantes. Nem individuais nem coletivas.