Olimpíadas 2020 dia #15: Ouro de Ana Marcela leva mulheres a recorde de medalhas
Vitória coroa carreira da nadadora brasileira, que é apontada como a maior da história da modalidade. Medalha é a oitava da delegação feminina, das 15 do Brasil
[cnn_galeria id_galeria=”439347″/]
Finalmente! Essa foi a primeira palavra dita por Ana Marcela Cunha ao conquistar a medalha de ouro na maratona aquática de 10km nos Jogos Olímpicos, em prova disputada na noite de terça-feira (3). Dona de 11 pódios em Campeonatos Mundiais e reconhecida como uma das maiores em sua modalidade, a baiana de 29 anos se manteve no bloco da frente em todas as voltas e venceu uma competição acirrada em busca do título em Tóquio.
Ana Marcela tinha sido quinta colocada em Pequim, com apenas 16 anos, e décima no Rio de Janeiro, quando saiu muito frustrada com o desempenho. Em Londres, acabou não se classificando por uma posição na competição que dava vaga aos Jogos. Agora, depois de tanta frustração, ela consegue fazer uma grande prova em águas olímpicas.
“Quero dizer que todos brasileiros que ganharam medalha até agora foram um incentivo muito grande, principalmente [Fernando] Schefer e Bruno [Fratus]. É aquela coisa, ‘uma raia, uma chance’, e praticamente é isso aqui. Deixei escapar por algumas vezes e hoje posso sair daqui campeã olímpica”, disse na saída da água.
Querendo ou não, é o quarto ciclo olímpico. Um amadurecimento muito grande para chegar aqui. Acreditem nos seus sonhos. Agradecer meu clube, meus pais, minha namorada. Eu sonhava muito com uma medalha olímpica
Ana Marcela, após vencer o ouro olímpico, título que faltava em sua trajetória vencedora
Um recorde de brasileiras medalhistas
O ouro de Ana Marcela levou as mulheres brasileiras a quebrar um recorde de medalhas em uma edição dos Jogos. As atletas do país já somam oito pódios em Tóquio – quase metade das conquistas do Brasil na edição atual.
Até então, a melhor marca das atletas do país era de sete medalhas em Pequim-2008. O salto não é apenas em quantidade, mas também em qualidade. Já são três medalhas de ouro. Além da nadadora Ana Marcela, a ginasta Rebeca Andrade ficou no lugar mais alto do pódio no salto e as velejadoras Martine Grael e Kahena Kunze foram bicampeãs olímpicas na classe 49erFX.
Acredite: vôlei de praia brasileiro fora das finais
Quando a delegação brasileira parte para os Jogos Olímpicos, é natural imaginar que alguma dupla do vôlei de praia vai chegar às semifinais e beliscar uma medalha. Dessa vez, de forma inédita, o país não estará representado entre os quatro melhores, tanto no masculino quanto no feminino.
A dupla Alison e Álvaro, a última esperança das quartas de final, perdeu para Plavins e Tocs, da Letônia, e se despediu de Tóquio. Os algozes já tinham eliminado Evandro e Bruno Schmidt na rodada anterior. “Tem que melhorar, investir mais, os atletas melhorarem, as pessoas da Confederação olharem com bons olhos. Esperar Ricardo e Emanuel, esperar Alison e Álvaro, vai ficar para trás. A gente tem que fazer o nosso, parabéns ao mundo que está investindo”, analisou Alison ao fim do jogo.
Às vezes as pessoas vão ver os times da Letônia na semifinal, feminino e masculino, vão achar que é surpresa, coisa de outro mundo... Na verdade, não. O mundo está investindo no vôlei de praia e nós estamos ficando parados
Alison, após a eliminação no vôlei de praia
Ingrid Oliveira deixa escapar vaga na semifinal
Ingrid Oliveira esteve muito perto de conseguir a classificação para a semifinal da plataforma de 10m. Entre 30 participantes, a brasileira esteve entre as oito primeiras colocadas nas três primeiras rodadas, mas não teve bom desempenho nos dois últimos saltos e acabou despencando para o 24.º lugar. Apenas as 18 primeiras avançaram para a próxima etapa da competição.
São coisas que acontecem, o esporte é feito disso. Eu estou triste porque nos meus treinos eu acertei todos os meus saltos e eu sabia que tinha condições de fazer tudo igual. Na hora da prova não consegui fazer o que eu vinha treinando
Ingrid Oliveira, após eliminação nos saltos ornamentais
O Brasil hoje nas Olimpíadas
[cnn_galeria id_galeria=”439337″/]
Brasil é coadjuvante em show japonês no skate
As brasileiras foram coadjuvantes na disputa do skate park. Dora Varella foi a sétima colocada e Yndiara Asp terminou em oitavo lugar no evento, dominado pelas representantes do Japão. Com uma dobradinha de atletas da casa, Sakura Yosozumi levou o ouro e Kokona Hiraki, de 12 anos, ficou com a prata. E a britânica Sky Brown, após um início ruim na final, faturou o bronze, aos 13 anos. Já Isadora Pacheco foi eliminada na primeira fase, terminando em décimo lugar, com a nota 37,08.
Foi, assim, mais uma festa dos japoneses, que venceram os três eventos realizados até agora na estreia do skate no programa olímpico, nos Jogos de Tóquio. Mas também acabou sendo a primeira competição da modalidade em que brasileiros não foram ao pódio.
Bielorussa deixa Tóquio
A atleta deveria viajar para Varsóvia, na Polônia, onde recebeu refúgio seguro e um visto humanitário do primeiro-ministro do país. Não está claro se ela fará uma conexão em Viena a caminho da Polônia ou se pretende ficar na Áustria, ou viajar para outro lugar.
Investigação suspensa
O Comitê Olímpico Internacional (COI) informou que suspendeu a investigação do gesto da atleta do arremesso de peso dos Estados Unidos Raven Saunders — que fez um “X” sobre sua cabeça ao subir ao pódio no domingo (1º) — depois da morte da mãe da americana.
Saunders, que conquistou o público com sua personalidade e estilo durante as Olimpíadas, informou que deixará as redes sociais por um período para cuidar de sua saúde mental e de sua família.
O final da vela
As brasileiras Fernanda Oliveira e Ana Luiza Barbachan ficaram em nono lugar na disputa da classe 470 da vela nas Olimpíadas de 2020. Na madrugada desta quarta-feira (no horário de Brasília), elas precisavam de uma combinação de resultados na medal race na Baía de Enoshima para irem ao pódio da modalidade. Mas ficaram apenas na última posição na etapa decisiva, falhando na busca pelo pódio. Assim, o Brasil fechou a participação na vela com um ouro, de Martine Grael e Kahena Kunze na classe 49erFX.