Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Fim das restrições contra a Covid-19 no Reino Unido alerta para aumento de casos

    A partir desta segunda-feira (19), estão liberados o uso de máscaras e limite de pessoas em reuniões no país britânico

    Lucas Rocha*, da CNN, em São Paulo

    Nesta segunda-feira (19), o Reino Unido suspende as restrições impostas para a prevenção contra a Covid-19. A ocasião tem sido chamada pelos britânicos de Freedom Day (ou Dia da Liberdade, em português).

    Com a decisão, o uso de máscaras não será mais obrigatório, exceto no metrô, por decisão da prefeitura de Londres. Também não haverá mais limite para o número de pessoas que podem se reunir em ambientes internos ou externos. O distanciamento social será limitado a quem tiver teste positivo para o vírus. 

    O governo manterá o sistema de testagem, rastreio de contato e isolamento para infectados. De acordo com as orientações, até 16 de agosto, as pessoas que tiveram contato com um caso positivo precisarão se isolar também. Após a data, quem estiver completamente imunizado fica livre da medida. 

    O controle da entrada de viajantes na fronteira será mantido com as mesmas regras atuais, que incluem medidas de quarentena.

    As medidas mais restritivas serão substituídas por orientações, para que a população tenha autonomia para decidir como se proteger da maneira mais adequada. O experimento poderá revelar as consequências da suspensão, do ponto de vista epidemiológico, para um país com grande população e casos crescentes da doença.

    A maior parte da população adulta do Reino Unido foi vacinada com as duas doses, o que levou a uma redução no número de internações e mortes. No entanto, o número de casos no país está aumentando e, com o encerramento das medidas de restrição, o cenário pode piorar. 

    Quais são os riscos?

    O retorno das atividades a um patamar quase normal poderá levar a um rápido crescimento nos casos. Segundo estudo do Imperial College, de Londres, a suspensão de todas as restrições podem levar a uma terceira onda de hospitalizações e mortes.

    As vacinas contra a Covid-19 garantem proteção porque previnem a doença, especialmente nas formas graves, reduzindo as chances de morte e internações. Embora não impeça o contágio nem a transmissão do vírus, a vacinação é essencial, já que induz o sistema de defesa do corpo a produzir imunidade contra o coronavírus pela ação de anticorpos específicos.

    Com o maior número de casos, maiores são as chances de desenvolvimento de mutações e novas variantes da Covid-19. As linhagens de preocupação, como a Delta, originária da Índia, têm sido amplamente estudadas com o objetivo de verificar possíveis perdas de eficácia das vacinas disponíveis atualmente no mundo.

    Outra preocupação é a Covid-19 de longa duração, que envolve sintomas como confusão mental, dores de cabeça e perda de memória de curto prazo nos pacientes. Segundo o Escritório de Estatísticas Nacionais britânico, cerca de 1 milhão de pessoas sofrem atualmente da doença no Reino Unido. Muitos experimentam sintomas como fadiga e “névoa cerebral” há meses.

    *Com informações de Luke McGee, da CNN