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    Corrida espacial divide foco do investidor entre ações das empresas e ETFs

    Euforia com os voos orbitais impulsionaram os papéis da Virgin Galatic

    Tamires Vitorio, do CNN Brasil Business, em São Paulo

    Jeff Bezos e Richard Branson são os mais novos bilionários do espaço. Ambos chegaram à borda sideral recentemente, tornando o turismo espacial ainda mais latente — o começo de uma meta de anos de tornar viagens para a órbita terrestre o novo normal.

    Com tanta euforia, as ações da Virgin Galactic, de Branson, já ocupam o 9º lugar entre as 10 ações norte-americanas mais compradas pelos brasileiros em maio. Os ativos, segundo a consultoria Stake, tiveram uma alta de 30% no período e ficaram em 7º lugar no ranking semestral.

    Isso indica que o investidor está de olho nas viagens espaciais e ávido para fazer parte dos resultados positivos que companhias como a Virgin, a Blue Origin (de Bezos) e a SpaceX (de Elon Musk) têm tido nos últimos meses. 

    Mas, mesmo com a preferência pelas ações, a Stake repara que os investidores se desfazem muito rapidamente das ações, sendo que, ao fim de um determinado período, poucos mantêm os ativos em suas carteiras. 

    “A Virgin é a única opção para o investidor hoje. É difícil dizer qual empresa vai ganhar a corrida, mas, se você quer se expor ao mercado, é melhor se expor com os ETFs, que investem em diversas companhias do setor espacial”, afirma Rodrigo Lima, analista de investimentos e editor de conteúdo da Stake.

    Os ETFs (Exchange Traded Funds) ficam no meio do caminho entre as ações e os fundos de investimentos. Eles são negociados na Bolsa de Valores, como se fosse uma ação, mas têm um mecanismo de funcionamento muito parecido com os fundos tradicionais. Além disso, eles seguem o desempenho de um determinado índice. 

    “Um investidor que comprou ações da Galactics, não a segurou a longo prazo, foi um trader de volatilidade, comprou porque estava barato, vendeu quando ficou mais caro, mais como uma especulação. Mas o ETF tem uma forma mais diversificada de investimento. Os papéis voláteis são procurados pelos investidores”, afirma. 

    Para Lima, os investidores que apostam nos ETFs miram o longo prazo. “Notamos que tal comportamento indica que a procura foi feita por traders que buscavam lucros de curto prazo, se aproveitando da volatilidade da companhia. Porém, se analisarmos o comportamento dos investidores do ETF Ark Space Exploration (ARKX), do mesmo setor, vemos que há um volume duas vezes maior em compras do que em vendas, o que indica que quem compra este ativo está apostando no setor para o longo prazo”, avalia Lima.