Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Dez passos que todo empreendedor deve dar pela solidez do seu negócio

    No Brasil, 370.581 empresas foram abertas em janeiro deste ano, um aumento de 15,6% na comparação com o mesmo mês do ano passado

    Estela Aguiar*, , do CNN Brasil Business, em São Paulo

    Empreender e se tornar dono do próprio negócio é o desejo de muitos brasileiros. De acordo com Indicador de Nascimento de Empresas da Serasa Experian, 370.581 empresas foram abertas em janeiro deste ano, um aumento de 15,6% na comparação com o mesmo mês do ano anterior e também o maior volume mensal desde 2010.

    Se considerarmos apenas os Microempreendedores Individuais (MEIs), o crescimento anual foi de 21%. Para as Sociedades Limitadas, o avanço foi de 42,6%. Pensando neste cenário, o CNN Brasil Business conversou com dois especialistas para reunir 10 dicas de como se tornar um empreendedor de sucesso. 

    1. Busque conhecimento

    Entre os primeiros ensinamentos, está o conhecimento. É ideal que o empreendedor, ao escolher seu nicho de atuação, saiba quem são seus concorrentes e entenda as “dores” de seu público. Afinal, é delas que podem vir as melhores soluções.

    “Empreender sem conhecimento é um tiro no escuro, é preciso saber procurar as necessidades novas do mercado”, afirma o Wilson Poit, diretor superintendente do Sebrae São Paulo. 

    2. Esteja atento às mudanças do mercado

    Ao abrir um negócio, o empreendedor vai precisar ler o mercado para entender para onde o fluxo vai, qual é novidade do momento e quais ajustes ele poderá fazer no próprio empreendimento para atender a demanda.

    “Normalmente, os empreendedores que são apaixonados por resolver um grande problema estão alertas aos sinais do mercado e têm a flexibilidade para ajustar a rota sempre que necessário”, relata Maria Fernanda Musa, diretora de aceleração de negócios da Endeavor.

    3. Planejamento constante

    Para o empreendimento seguir sem surpresas, é necessário estar atento ao planejamento. Ele servirá como uma bússola, direcionando para aonde o negócio deve ir, quais riscos valem ou não a pena e, caso ocorra imprevistos, quais atitudes devem ser tomadas. 

    Para Poit, planejar garante maior chance de sobrevivência do negócio. 

    “O cenário atual exige um planejamento o tempo todo. Para o microempreendedor, por estarmos no meio ano, o ideal é se planejar para os próximos seis meses, assim é mais garantido atingir o ponto de equilíbrio para este ano. Neste momento,  é importante esse semestre da retomada”, orienta.

    4. Mantenha o foco no seu público-alvo

    Todo negócio possui um público-alvo. E esse público é definido por uma série de fatores, como classe social, idade, gênero, escolaridade, estilo de vida e até mesmo região em que o possível cliente reside. Essa definição facilita a compreensão das dores e necessidades da clientela do empreendimento.

    Maria Fernanda explica como se aproximar do público-alvo. 

    “Todo empreendimento possui características distintas, mas o foco é ser especialista nas coisas que seus clientes mais precisam. Um ponto muito importante é coletar feedbacks de clientes, o quanto for necessário para aperfeiçoar o seu negócio e, consequentemente, garantir a qualidade na entrega”, aponta. 

    5. Relacionamento

    Manter um pós atendimento e conter os contatos dos clientes permite que o empreendedor estreite laços e possa vender de formas mais variadas. 

    “Quando a pandemia chegou, os empreendedores que tinham um cadastro dos clientes, conseguiam entrar em contato com eles. Por isso, orientamos  que façam um cadastro, e o mantenham atualizado para entrar em contato e ficar no radar deste cliente. É importante ressaltar que esse relacionamento deve ser feito sem que a linha do incômodo seja cruzada”, afirma Poit. 

    6. Fique de olho nas contas

    O erro mais comum entre empreendedores que estão começando é não dividir as contas do negócio das contas de pessoa física. Poit dá uma dica simples para não misturar os caixas. 

    “Um dinheiro da empresa vai num bolso e o seu, no outro. Toda movimentação financeira precisa ser registrada. É importante classificar saídas e entradas,  de onde e como o dinheiro está entrando”, diz. 

    7. Forme um time potente 

    Uma equipe engajada e criativa possibilita que o negócio busque sempre a inovação e novos meios de atrair clientes. Maria Fernanda diz que um time potente faz toda diferença. 

    “As pessoas são o principal ativo de qualquer organização. É fundamental que, mesmo no começo do negócio, você atraia pessoas fora da curva, movidas pelo propósito, para fazerem parte da empresa.  É a partir das pessoas que surgem boas ideias e excelentes produtos.”

     

    8. Transformação digital 

    Outro ponto importante para ter um empreendimento de sucesso é investir no campo digital. Na pandemia, muitos negócios tiveram que se adaptar para receber pedidos na internet, de aplicativos, marktplace, estar presentes nas redes sociais e até mesmo manter o relacionamento com os clientes. 

    “Vender pela internet ou pelo WhatsApp não é mais opcional, mas fundamental, mesmo para o pós pandemia”, aponta Poit.

    9 . Aprenda a valorizar a jornada 

    Conquistar as primeiras ferramentas de trabalho, um novo espaço, expandir em filiais, aumentar a equipe. Todas essas conquistas merecem ser celebradas. Esse passo expressa todo o esforço que o empreendedor teve ao longo da caminhada. 

    “É essencial compreender que todo empreendimento tem êxitos, fracassos, crescem a partir das lições e aprendem com essas experiências. Tenha em mente que o que vale é o caminho percorrido, muito mais que o objetivo alcançado”, diz. 

    10. Licitações governamentais 

    Uma possibilidade de venda é explorar licitações do governo, seja ele municipal, estadual ou até mesmo federal. Segundo Poit, é um mercado que pode ser mais explorado por micro e pequenos empreendedores. 

    “Nunca esqueça de vendas para o governo. De um modo geral, micro e pequenas empresas são muito fechadas para negócios governamentais. E, pela lei, os pequenos negócios têm vantagens nas licitações públicas”,  afirma.