Exportação de biscoitos brasileiros cresce 15% no 1º semestre, diz Abimapi
No semestre, a indústria faturou 11,4% a mais com a comercialização externa dos produtos, somando US$ 48,9 milhões, segundo levantamento
A exportação de biscoitos aumentou 15,2% no primeiro semestre deste ano, para 30 mil toneladas, na comparação com o volume vendido em igual período do ano passado.
No semestre, a indústria brasileira de biscoitos faturou 11,4% a mais com a comercialização externa dos produtos, somando US$ 48,9 milhões, segundo levantamento da Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (Abimapi).
O crescimento das vendas foi puxado principalmente pela valorização do dólar ante o real, que torna as exportações dos alimentos mais atraentes para os fabricantes brasileiros, avalia o presidente executivo da Abimapi, Claudio Zanão.
O executivo acrescenta que o resultado positivo ocorreu apesar da situação econômica instável do país, da alta do preço da farinha e da crise do transporte marítimo global, com aumento expressivo do frete.
Segundo a Abimapi, o Mercosul é o principal destino dos biscoitos brasileiros, mas há também exportações para países do Oriente Médio como Iêmen, Omã, Líbia e Arábia Saudita. “Temos volume que garante abastecimento constante aos compradores em mais de 100 destinos anualmente – a categoria mais globalizada de nosso setor”, aponta Zanão.
Para o ano, a indústria de biscoitos espera alta de 15% em receita e de 10% em volume com exportações da categoria. A expectativa é alcançar faturamento de US$ 100 milhões com as vendas externas de 60 mil toneladas de biscoito.
O desempenho vai depender da estabilidade cambial, da regularização de embarques marítimos e da possível redução dos custos de frete internacional, pondera a Abimapi.
“Há expectativa de retomar uma forte agenda de eventos presenciais no exterior com a participação prevista em feiras de negócios dedicadas a marcas próprias em novembro em Chicago (EUA) e em dezembro em Amsterdã (Países Baixos)”, diz Zanão.