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    Intenção de consumo das famílias brasileiras cresce pelo segundo mês consecutivo

    Indicador atingiu 68,4 pontos em julho, resultado melhor do que o obtido no mesmo período de ano passado

    Isabelle Resende e Lucas Janone, da CNN, no Rio de Janeiro

    A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) atingiu 68,4 pontos no mês de julho, o segundo crescimento mensal consecutivo e o maior nível desde abril deste ano, quando alcançou 70,7 pontos. O resultado do mês de julho também foi melhor do que o registrado no mesmo mês de 2020, quando apresentou 66,1 pontos, apesar de o índice ainda se manter abaixo do nível considerado satisfatório, de 100 pontos.

    O indicador, divulgado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), avalia o potencial das vendas do comércio no Brasil.  

    De acordo com a CNC, assim como no mês anterior, todos os itens avaliados na pesquisa, como renda atual, perspectiva de consumo e acesso ao crédito contribuíram para o resultado positivo, principalmente o indicador de Perspectiva de Consumo, que cresceu 5,1% no mês.   

    As condições de consumo foram favorecidas por três fatores, segundos os economistas: maior confiança das famílias brasileiras na estabilidade da tendência positiva do mercado de trabalho, a disponibilização do auxílio emergencial e o avanço da vacinação de uma parcela da população. Somados, esses fatores elevaram o nível de consumo atual para 53,1 pontos.  

    Na avaliação por faixa de renda, as famílias com ganhos acima de dez salários mínimos tiveram índice de 85,6 pontos, com avanço mensal de 2,9% e anual de 13,1%. Para as famílias com renda abaixo de 10 salários mínimos, o indicador atingiu 64,8 pontos.  

    A Região Norte registrou a única queda mensal de julho (-2,3%), enquanto o Sul foi a região com maior oscilação positiva (6%). As famílias do Sul também foram as mais confiantes (77,6 pontos), e as do Norte (57 pontos) foram as que apresentaram menor confiança. A maioria das regiões registrou alta na comparação anual, sendo o Norte com a maior taxa negativa (-16,4%) e o Nordeste maior alta (12%). 

    No quesito consumo de bens duráveis, 77,2%, dos consumidores entrevistados acreditam ser um momento negativo para compras desse tipo de produto.  No mês anterior, esse percentual ficou em 77,7%.  

    Com relação às compras futuras, 55,2% das famílias acreditam que vão consumir menos nos próximos três meses. O percentual ficou abaixo dos 56,9% registrados na pesquisa feita no mês anterior e dos 59,9% observados em julho de 2020. Esse foi o menor percentual desde março de 2021 (54,5%). 

    Na avaliação da CNC, os números demonstram melhora nas condições de consumo e a confiança no mercado de trabalho, o que deve afetar positivamente o comportamento das famílias em relação ao consumo nos próximos três meses.