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    Há espaço para indústria e agronegócio caminharem juntos, avalia professor

    À CNN Rádio, Fernando Ribeiro disse que processo de desindustrialização no Brasil, apontado pelo IBGE, tem diversas causas

    Foto: REUTERS/Paulo Whitaker

    Amanda Garcia, da CNN Brasil, em São Paulo

     

    O IBGE divulgou um levantamento indicando que, em seis anos, no período de dezembro de 2013 a dezembro de 2019, perdeu 28.600 empresas e 1,4 milhão de postos de trabalho. Em entrevista à CNN Rádio nesta quinta-feira (22), o professor de macroeconomia do Insper, Fernando Ribeiro, apontou que o resultado “converge para um processo em curso na economia brasileira desde 1985”.

    Ele explica que a composição da produção industrial no Brasil, que se mede pelo PIB, trouxe “uma mudança a favor do agronegócio e fundamentalmente em favor dos serviços e o agro, em função da pandemia, com o aumento da demanda por commodities, contribuiu para que a indústria perdesse espaço”.

    Este fenômeno da desindustrialização, porém, para o professor, tem vários elementos. “As causas são inúmeras, uma delas é que, por algum motivo, a indústria não cria simbiose com a tecnologia, tem dificuldade de avançar para uma indústria 4.0, com computação, tecnologia inclusa.”

    Aliado a isso, há elementos estruturais no Brasi que favorecem este cenário: “Há custos tributários, de mão de obra, infraestrutura precária, sustentação para a atividade industrial”, elencou.

    Nesse sentido, o professor disse faltar diálogo da indústria com o agronegócio: “Cabe ao Brasil ocupar esse espaço, articular esse espaço do agro com a indústria, tecnologia, acho que é um setor de médio e longo prazo de crescimento, não são bens excludentes, agro e indústria podem caminhar juntos”.