Com batalha geopolítica, Ericsson deixa de apostar em contratos de 5G na China
A empresa de telecomunicações avisou anteriormente que seus negócios na China poderiam sofrer com a decisão da Suécia de barrar a chinesa Huawei
No meio de uma batalha geopolítica entre a China e o Ocidente, a sueca Ericsson disse nesta sexta-feira (16) que não está mais apostando na obtenção de contratos antecipados para ofertas 5G no país asiático.
A empresa de telecomunicações avisou anteriormente que seus negócios na China poderiam sofrer com a decisão da Suécia de proibir a gigante chinesa Huawei e no segundo trimestre suas vendas tiveram a primeira queda em três anos.
Questionado em uma teleconferência de analista se a Ericsson esperava recuperar esse dinheiro, o presidente-executivo da companhia, Borje Ekholm, respondeu: “Não, não vai voltar.”
A Ericsson atualmente gera pouco menos de 10% de suas receitas na China e apesar de o país estar se preparando para a próxima rodada de uma construção massiva de 5G, o vice-presidente financeiro da empresa, Carl Mellander, disse à Reuters que era “prudente prever uma participação de mercado substancialmente menor” no futuro.
Os governos europeus têm reforçado os controles sobre as empresas chinesas que constroem redes 5G após pressão diplomática de Washington, que alega que o equipamento da Huawei pode ser usado por Pequim para espionagem. A Huawei tem negado repetidamente ser um risco para a segurança nacional.
A China está se preparando para a segunda fase de construção do 5G , mas Mellander disse que as licitações esperadas durante o segundo trimestre não ocorreram.
(Reportagem de Karin Strohecker em Londres)