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    Estado de SP tem 288 cidades sem mortes por Covid-19 na última semana

    De acordo com o governo, o dado reflete o impacto positivo da campanha de vacinação; SP tem a menor média de internação por Covid-19 do ano

    Bruna Macedo e Rafaela Lara, da CNN, em São Paulo

     O vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, anunciou nesta quarta-feira (21) que dos 645 municípios do estado, 288 não registraram mortes por Covid-19 na última semana. O dado representa 44% das cidades de todo o estado – novas mortes não ocorreram entre os dias 14 e 21 de julho. 

    O balanço reflete o impacto positivo da campanha de vacinação para redução dos casos graves e mortes pela doença. Além disso, 18 municípios também não tiveram novos casos confirmados no mesmo período.

    “Isso é reflexo do avanço da vacinação no estado, tendo em vista que somos o primeiro estado com mais da metade da população imunizada com pelo menos a 1° dose”, disse Garcia. Entre os anúncios desta quarta, o governo informou que o estado tem a menor média de internação por Covid-19 do ano – número de casos também apresenta queda.

    Atualmente, segundo o secretário de Saúde, Jean Gorinchteyn, São Paulo registra queda de 6,9% no número de casos e 9% de queda em internações. 

    “Temos hoje internados em UTI 6.920 pacientes, lembrando que estamos muito próximo ao pico da primeira onda, onde tínhamos 6.500 pacientes internados. Lembrando que no dia 1º de abril quando tivemos o pico da segunda onda, estavámos com 13.150 pacientes internados. São 50% a menos de pacientes internados nas UTIs. A queda dos números da enfermaria também chama a atenção”, disse Gorinchteyn.  

    Fila de pessoas para vacinação contra a Covid-19
    Fila de pessoas para vacinação contra a Covid-19 na UBS de Moema, na zona sul de São Paulo (SP)
    Foto: RENATO S. CERQUEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

    “Estamos vacinando e impactando na mortalidade e também nas internações. Estamos mantendo média de 10 a 11% das internações”, completou o secretário de Saúde. 

    O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), não participou da coletiva de imprensa nesta quarta. Ele cumpre quarentena após testar positivo para Covid-19. 

    Doria abriu a coletiva por videoconferência. Ele informou que retornará ao trabalho na próxima quarta-feira (26), disse estar se sentindo bem e assintomático. “Me sinto bem em razão da vacina. Sou testeminha viva da importância da vacinação. Vou completar a quarentena e, na semana, que vem estarei de volta ao meu trabalho e estarei presenta na coletiva”, disse.

    Veja a lista de municípios que não registraram mortes por Covid-19 na última semana.

    Grávidas vacinadas com AstraZeneca na 1ª dose receberão 2ª dose da Pfizer

    Nesta quarta-feira (21), o governo do estado de São Paulo anunciou a antecipação da segunda dose da vacina contra a Covid-19 para grávidas e puérperas, que poderão procurar os postos de vacinação a partir desta sexta-feira (23).

    De acordo com o governo, grávidas vacinadas com AstraZeneca na primeira dose poderão receber a segunda dose do imunizante da Pfizer. Segundo a coordenadora do Plano Estadual de Imunização de São Paulo, Regiane de Paula, cerca de 9 mil gestantes receberam a primeira dose da AstraZeneca.

    “A partir do dia 23 agora, todas as gestantes – e temos em torno de 9 mil gestantes que receberam a 1° dose da AstraZeneca – de acordo com a deliberação que saiu agora pela manhã, podem ser vacinadas com segunda dose da Pfizer. Quem tomou a primeira dose da AstraZeneca, verifique seu cartão vacinal, e no período da segunda dose AstraZeneca, tomará vacina da Pfizer”, disse.

    De acordo com uma recomendação do Ministério da Saúde, doses de vacinas de diferentes fabricantes não deveriam ser misturadas. No entanto, estudos revelaram que a imunidade é garantida com a segunda dose da Pfizer, sem o aumento de efeitos adversos, argumenta o governo de São Paulo. 

    “O público gestante sempre será um público onde a vacinação e os medicamentos precisam de discussão, pois é um público vulnerável. Precisamos fazer análise de risco. E, nesse momento, a mortalidade por Covid-19 é superior a qualquer risco que poderia acontecer com a vacina (…) apenas a primeria dose da vacina não protege contra a variante delta”, disse Rossana Pulcineli, presidente da Associação de Obstetrícia e Ginecologia de SP (Sogesp).