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    Correspondente Médico: Temperaturas baixas aumentam risco de morte por AVC

    Neurocirurgião Fernando Gomes explicou como o frio afeta a circulação sanguínea e pressão arterial do nosso corpo

    Raphael Florêncio, da CNN, em São Paulo

    Na edição desta quarta-feira (21) do quadro Correspondente Médico, do Novo Dia, o neurocirurgião Fernando Gomes explicou como o frio pode estar associado ao aumento do número de mortes por acidente vascular cerebral (AVC).

    O médico lembrou que, no inverno, há uma tendência natural do corpo em manter o calor a todo custo e, com isso, acontece vasoconstrição dos vasos sanguíneos da periferia, como pernas e braços, por exemplo. “Isso significa que os vasinhos fecham para que a maior parte do sangue fique dentro da região do abdômen para se perder menos calor”, explica Gomes.

    Ao ocorrer a vasoconstrição, Fernando Gomes explicou que a pressão arterial aumenta e, como consequência, o sangue fica mais viscoso — é isso que aumenta a chance de entupimento de vasos.

    “Quando falamos de um AVC ou AVE (acidente vascular encefálico), cerca de 80% são do tipo isquêmico, ou seja, existe a formação de um trombo ou coágulo que entope um vaso e o sangue deixa de chegar em uma porção do órgão. Portanto, se tem a morte daquela parte do cérebro, caracterizando o acidente vascular.”

    “Por isso, temos que ficar atentos à saúde do nosso cérebro nessa época do ano. Deixo duas dicas: manter a temperatura corporal e também se lembrar do consumo de água para evitar que o sangue fique mais espesso”, recomendou o neurocirurgião.

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