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    RJ: Variante Delta já tem transmissão comunitária, segundo autoridades de saúde

    No estado, a possível transmissão local já tinha sido apontada pela Secretaria de Saúde. Agora são cinco casos da cepa de origem na Índia no Rio de Janeiro

    Movimentação no Saara, centro do Rio de Janeiro, em meio à pandemia de Covid-19
    Movimentação no Saara, centro do Rio de Janeiro, em meio à pandemia de Covid-19 Foto: João Gabriel Alves/Enquadrar/Estadão Conteúdo (9.abr.2021)

    Isabelle Saleme e Pauline Almeida, da CNN, no Rio de Janeiro

    Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, já é possível confirmar que há transmissão local da variante Delta na capital fluminense. A informação foi passada pelo secretário Daniel Soranz na manhã desta quinta-feira (15).

    Os dois casos da cepa de origem na Índia confirmados são dois homens, um de 27 anos e outro de 30, moradores dos bairros Vila Isabel, na Zona Norte, e Paquetá, na Zona Central, onde houve o projeto de vacinação em massa. Os dois pacientes tiveram sintomas leves e já não transmitem mais a doença. Cerca de 20 pessoas que tiveram contato com cada um deles estão sendo monitoradas pela Vigilância em Saúde.

    “A gente confirma que a variante Delta já está circulando na cidade. Esses dois casos estão recebendo ações de vigilância nos contactantes para que a gente possa detalhar um pouco mais qual a situação de saúde de cada um dos contactantes. A princípio, são dois casos que tiveram sintomas leves e já foram liberados”, explicou Soranz.

    Ainda segundo o secretário, ainda não foram identificados casos de variantes de preocupação entre pessoas envolvidas na Copa América. “Na cidade do Rio de Janeiro, dos casos que já foram genotipados, a gente não encontrou nenhuma outra variante de preocupação em relação à Copa América. Esses dois casos, um caso foi do nosso sentinela, de Vila Isabel, e outro sentinela da Ilha de Paquetá”, afirmou.

    No estado do Rio, outros três casos positivos da variante Delta foram identificados até o momento. Os pacientes são da cidade de Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, Seropédica e São João de Meriti, ambos na Região Metropolitana.

    No primeiro caso, confirmado o paciente viajou para a Índia. Já os moradores da Região Metropolitana não têm histórico de viagens ao exterior e não tiveram qualquer contato com viajantes.

    Na semana passada, a CNN já havia informado que especialistas entendem que a transmissão comunitária da linhagem ocorre no território fluminense.

    Avanço da vacinação

    Até o fim de semana, a prefeitura pretende vacinar a população com idades de 37 anos ou mais. Durante a manhã, Soranz acompanhou a imunização em um posto montado no Jockey Club, na Gávea, na Zona Sul. O secretário deu a entender que novas antecipações no calendários podem ocorrer. “O prefeito Eduardo Paes já antecipou o nosso calendário, mas a gente deve colocar mais detalhes na nossa coletiva, na próxima sexta-feira”, disse.

    Até agora, segundo o painel da prefeitura, 3.433.294 pessoas foram imunizadas na capital com a primeira dose, que corresponde a 67,6% do público-alvo, acima de 18 anos. Já as pessoas que completaram o calendário vacinal, com dose única ou duas doses, foram 25,7%.

    Eventos teste

    Depois dos problemas na Copa América, Soranz comentou a possibilidade de novos eventos com público no Rio. Segundo ele, a prefeitura já consolidou o decreto para evento-teste com as pessoas testadas, mas ainda aguarda o melhor momento para a publicação das regras.

    “É um decreto que permite a realização de eventos, com toda a população testada, em ambiente controlado. Os números estão caindo, a gente tem uma redução da mortalidade por Covid, uma diminuição das pessoas internadas por Covid, mas a gente ainda recomenda cautela. A gente ainda está planejando qual é o melhor momento para soltar o decreto”, afirmou.

    De acordo com o secretário, o que se pode afirmar é que a permissão para os eventos terá que ser apresentada com 45 dias de antecedência, mediante os protocolos que foram apresentados.

    “As regras são bastante claras. É necessário que sejam realizados testes em todas as pessoas por uma instituição de saúde controlada pelo evento, não é cada um fazer o seu teste de uma maneira desorganizada. Tem que ser uma empresa credenciada para que ela possa garantir a qualidade desses testes, diferente, por exemplo, do que aconteceu com a Conmebol”, lembrou Soranz.