Com mais casos por variantes, EUA param distribuição de anticorpos contra Covid
Departamento de Saúde e Serviços Humanos suspende uso do etesevimabe e do bamlanivimabe porque eles não funcionam bem contra mutações do novo coronavírus
O aumento de casos do novo coronavírus devido à variante Gama ou P.1, identificada pela primeira vez no Brasil, e à variante Beta ou B.1.351 identificada pela primeira vez na África do Sul, foram citados como a razão para uma pausa na distribuição de tratamentos com anticorpos monoclonais nos Estados Unidos.
De acordo com um anúncio feito na sexta-feira pelo Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos (HHS), a medida se aplica ao tratamento desenvolvido pela empresa farmacêutica Eli Lilly.
Isso porque o tratamento com anticorpo monoclonal de etesevimabe, bem como um tratamento combinado de etesevimabe e bamlanivimabe, não funciona tão bem com as variantes, de acordo com a declaração do HHS.
Em maio, os reguladores federais dos EUA interromperam a distribuição desses tratamentos para oito estados onde havia um grande número de casos causados por variantes da Covid-19.
O tratamento com anticorpo monoclonal único da Eli Lilly, bamlanivimab, foi colocado em pausa em março. Em abril, a empresa solicitou ao FDA que revogasse sua autorização de uso emergencial do tratamento com anticorpo único, para que pudesse se concentrar em seu tratamento combinado.
As variantes Beta e Gamma agora representam pelo menos 11% dos casos nos EUA, e o número de casos está aumentando, de acordo com dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA.
Com informações de Aya Elamroussi, da CNN