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    Cannes recebe cinéfilos e turistas para festival consciente de riscos da Covid

    Organizadores e autoridades locais estão apostando em protocolos rígidos e testes de Covid-19 para evitar problemas no evento

    Palma de Ouro do Festival de Cannes
    Palma de Ouro do Festival de Cannes Foto: Reuters/Gonzalo Fuentes - 05/07/2021

    Sarah White, Michaela Cabrera e Hanna Rantala, da Reuters, em Cannes

    Munidos de testes de Covid-19 e máscaras, astros de cinema começam a chegar a Cannes nesta terça-feira (6) para a volta do maior festival de cinema do mundo, que almeja ajudar o setor a se recuperar do golpe desferido pela pandemia global.

    Organizadores e autoridades locais estão apostando em protocolos e exames rígidos de coronavírus para evitar problemas no evento, agora que o governo francês intensifica os alertas sobre os casos crescentes da variante Delta altamente transmissível da Covid-19.

    O festival, que incluirá a mais nova investida do ator norte-americano Sean Penn na direção e uma estreia do novo filme da franquia de sucesso “Velozes e Furiosos”, também coincide neste ano com o início da temporada de verão nas praias, que atrai milhares de visitantes a mais para a cidade.

    O Festival Internacional de Cinema de Cannes – normalmente uma sequência frenética de 12 dias de exibições, festas, coletivas de imprensa e presença de estrelas na famosa Croisette à beira-mar – costuma acontecer em maio, mas foi cancelado no ano passado e adiado este ano devido à pandemia.

    O prefeito de Cannes, David Lisnard, minimizou as preocupações com os riscos de contágio no festival, o que será comemorado por restaurantes e hotéis emergindo dos confinamentos.

    “Não há situação de risco zero, mas…é mais seguro ir ver um filme no festival de Cannes do que ir fazer compra em um supermercado”, disse ele à Reuters.

    No Palais du Festival, que realizará a maioria das exibições – e que ainda está funcionando em paralelo como centro de vacinação contra Covid-19 para os moradores –, os presentes já exibiam seu certificados de saúde nesta segunda-feira (5), e alguns foram rejeitados e orientados a obter exames atualizados.

    Os grandes astros também estarão sujeitos a verificações rigorosas, disse o diretor do festival, Thierry Frémaux, aos jornalistas.

    O diretor brasileiro Kleber Mendonça Filho, que compõe o júri que concederá a Palma de Ouro de melhor filme, o maior prêmio do evento, estava finalizando uma quarentena de duas semanas na França para poder comparecer.

    “Teremos que ser sensatos e cuidadosos”, disse Frémaux.

    Há menos pessoas comparecendo neste ano – 28 mil, quando o normal é de 35 mil a 40 mil –, e as restrições do coronavírus conterão as festanças.

    “Haverá menos festas, nada do que houve dois anos atrás, infelizmente”, disse Philippe Grandjuan, organizador de festivais culturais da cidade francesa de Lyon.