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    Apenas um dos 23 infectados pela Delta na cidade do Rio apresentou sintoma grave

    Os outros 22 pacientes tiveram sintomas normais de gripe; todos os contaminados já estão curados

    Iuri Corsini, da CNN, no Rio de Janeiro

    Dos 23 infectados pela variante Delta na cidade do Rio de Janeiro, 22 apresentaram sintomas de gripe e apenas um desenvolveu sintomas de síndrome respiratória aguda grave (SRAG). As informações são da Secretaria Municipal de Saúde do Rio (SMS). Segundo a pasta, o paciente que desenvolveu o caso mais grave já recebeu alta e passa bem.

    Ainda de acordo com a SMS, os pacientes infectados têm entre 12 e 72 anos. Ao todo, são 17 adultos. Dos 23 contaminados, 13 são do sexo feminino e 10 do masculino. 

    Os sintomas de gripe normalmente são tosse, febre, dor de garganta, coriza, dor de cabeça, dor nas articulações e nos músculos. Já os sintomas da Síndrome Respiratória Aguda Grave incluem, além dos sintomas normais de gripe citados, falta de ar (dispneia), desconforto respiratório, saturação de oxigênio menor que 95% ou exacerbação de doença preexistente.

    Mesmo diante do aumento de casos da Delta no Rio, o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, descartou novas medidas restritivas neste momento, mas reconheceu a preocupação em relação à velocidade de disseminação desta variante.

    “Nesse momento, a cidade do Rio de Janeiro vem tendo uma queda no número de casos  e uma queda muito expressiva nas internações e nos óbitos por Covid. Mas qualquer sinal de aumento, qualquer sinal de mudança na curva epidemiológica, no boletim de sexta-feira, a gente sempre anuncia, a partir dos números, mudanças nas medidas restritivas ou não.

    Neste momento, não está prevista nenhuma mudança nas medidas restritivas. Os 23 casos de variante Delta estão sendo acompanhados pela SMS.

    A gente já sabe que tem uma transmissão comunitária dessa variante, que é muito mais infecciosa do que as outras. Ela se dissemina com muito mais velocidade”, disse Soranz.

    Atualmente, o estado do Rio de Janeiro é responsável por 75% dos 110 casos da variante Delta registrados no Brasil. Esse número, segundo o secretário estadual de Saúde Alexandre Chieppe, é em decorrência da capacidade de sequenciamento genômico do Rio, que concentra mais de 50% de todos os sequenciamentos genômicos do país.

    Especialistas têm monitorado o avanço da Delta e mostrado preocupação diante da aparentemente elevada velocidade de transmissão. No entanto, ainda é cedo para saber seu real potencial em relação à gravidade dos sintomas desenvolvidos nos pacientes infectados.

    A variante predominante no país e no estado do Rio ainda é a Gamma (P.1) e não se sabe se a Delta se mostrará mais contagiosa, a ponto de prevalecer sobre a P.1 e se tornar a principal variante em circulação.