‘A CPI é um tribunal de exceção’, diz líder do governo na Câmara
Convocado para depor na comissão de inquérito do Senado Federal, Ricardo Barros critica possibilidade de seu depoimento ficar para agosto
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O líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR), chamou nesta quarta-feira (14) a CPI da Pandemia de um “tribunal de exceção” e afirmou que ela tem atuado com motivações políticas.
Em conversa com a CNN, o deputado federal, cujo depoimento deve ficar para agosto, critica a comissão de inquérito por não ter dado a ele até o momento direito de defesa.
O depoimento de Barros tinha sido marcado para a próxima terça-feira (20). Caso seja aprovada a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) até a sexta-feira (16), no entanto, será declarado recesso parlamentar até o dia 31 de julho.
“Eles marcaram minha oitiva para o dia 8, logo, estavam prontos para me ouvir. Como todos que já foram ouvidos negaram minha participação, perderam o interesse. Mas já citaram meu nome 96 vezes, inclusive com acusação feita por senadores”, disse.
O líder do governo também defendeu que o STF (Supremo Tribunal Federal), que decidiu pela instalação da CPI da Pandemia “deve cuidar” para que a comissão de inquérito “promova justiça”.
“Não me dão direito a defesa. É um tribunal de exceção. O STF mandou instalar e deve cuidar para que promova justiça”, observou.
Barros entrou na mira dos senadores após o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) dizer à CPI que o nome citado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre um suposto “rolo” na aquisição das vacinas Covaxin foi o do parlamentar do PP. Ele, por sua vez, nega as acusações.