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    CPI ouve subordinado de Luis Ricardo Miranda no Ministério da Saúde

    William Amorim Santana será questionado acerca das negociações do governo federal para a aquisição das vacinas Covaxin

    Renato Barcellos, da CNN, em Sâo Paulo

    A CPI da Pandemia ouve nesta sexta-feira (9), a partir das 9h, o técnico da divisão de importação do Ministério da Saúde William Amorim Santana.

    Os senadores aprovaram o convite a William — que vai depor na condição de testemunha — na sessão desta quarta-feira (8) e esperam obter detalhes das negociações entre o governo federal e a Bharat Biotech.

    A União celebrou um contrato com a farmacêutica indiana, representada pela Precisa Medicamentos no Brasil, para a aquisição de 20 milhões de doses da vacina Covaxin.

    “O convocado é servidor do Ministério da Saúde e, nessa condição, tem conhecimento de informações relevantes sobre esse contrato, daí a importância do depoimento”, afirma o vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), em seu requerimento. 

    William teve o nome citado na CPI durante o depoimento da fiscal de contratos do Ministério da Saúde Regina Célia, tomado na última terça-feira (6). Ao realizar questionamentos à servidora, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) identificou o técnico como o responsável por notificar a Precisa sobre irregularidades nos invoices (fatura).

    O servidor é subordinado ao chefe da divisão de importação do Ministério da Saúde, Luis Ricardo Miranda, irmão do deputado Luis Miranda (DEM-DF). Em depoimento à CPI, Luis Ricardo relatou pressões por parte de superiores hierárquicos com o objetivo de agilizar as negociações com a Bharat Biotech.

    O chefe da divisão de importação da pasta afirmou aos senadores, ainda, que encontrou nos invoices analisados informações diferentes do que constava no contrato original. Entre as inconsistências estava a indicação de uma empresa intermediária, a Madison Biotech, com sede em Cingapura.

    Oitiva com o ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel

    A previsão inicial da CPI era enviar alguns senadores ao Rio de Janeiro para ouvir o ex-governador fluminense Wilson Witzel em caráter reservado. 

    Durante a sessão do dia 16 de junho, o ex-juiz federal afirmou à CPI que tinha “fatos graves” para denunciar e disse que mesmo após deixar o cargo, a corrupção na área da Saúde se manteve.

    Witzel, no entanto, ressaltou que só revelaria os conteúdos em uma sessão secreta. 

    Os senadores, porém, avaliaram que a comissão deve manter o foco na investigação sobre as negociações da União para a aquisição da Covaxin.

    Com informações da Agência Senado