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    Cristiano Carvalho, da Davati, pede ao STF para ficar em silêncio na CPI

    Representante da Davati entrou na mira de senadores da CPI da Pandemia

    Sede do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília
    Sede do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

    Gabriela Coelho e Gregory Prudenciano, da CNN, em Brasília e em São Paulo

    O representante da Davati Medical Supply no Brasil, Cristiano Alberto Carvalho, entrou nesta sexta-feira (9) com habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo para ficar em silêncio na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia. O pedido está sob segredo de justiça. 

    Embora seu depoimento aos senadores ainda não tenha sido marcado, Cristiano entrou na mira do grupo majoritário da CPI da Pandemia depois que seu nome foi citado por Luiz Paulo Dominghetti, policial militar e revendedor da Davati, como a pessoa por trás das negociações entre a empresa e o Ministério da Saúde para a aquisição de doses da vacina AstraZeneca contra a Covid-19. 

    Aos senadores, Dominghetti também disse que Cristiano teria passado a ele áudios do deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) que, segundo Dominghetti, seria a respeito de venda de vacinas. A versão do policial foi questionada por Luis Miranda e por Cristiano, que afirmaram tratar-se, na verdade, de um áudio antigo, que tratava da venda de luvas para comércios dos Estados Unidos. 

    À CNN, o presidente da CPI da Pandemia, senador Omar Aziz (PSD-AM) disse que Cristiano Carvalho é o “mentor” das denúncias apresentadas por Dominghetti, que teria sido induzido ao erro pelo representante da Davati no Brasil. 

    “O grande mentor disso tudo, de ele [Dominghetti] dar entrevista, dele falar sobre o dólar [de propina por dose de vacina da AstraZeneca], se chama Cristiano, que é representante da Davati no Brasil. Esse cidadão tem que depor na CPI”, argumentou o senador, fazendo referência também à afirmação de Dominghetti de que Roberto Dias, servidor do Ministério da Saúde, teria pedido propina de um dólar por vacina para fechar contrato com a Davati. 

    Dias foi exonerado do cargo e depôs à CPI nesta semana. Ele negou que tenha pedido propina a Dominghetti.