Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Não há base política ou jurídica para afastar Bolsonaro, diz líder do PSL à CNN

    Deputado Vitor Hugo afirma que pedidos de impeachment não andaram na Câmara por não haver crimes comprovados contra o presidente

    Juliana Elias e Elis Franco, da CNN, em São Paulo

    O deputado federal Vitor Hugo (PSL-GO), líder do PSL na Câmara e que já foi também líder do governo na Casa, afirmou neste domingo (4), em entrevista à CNN, que não há respaldo político e nem jurídico para que um pedido de impeachment de Bolsonaro prospere. De acordo com ele, além de uma base de apoio forte, não há acusação sólida e que possa se comprovada contra o presidente. 

    “Esse ‘superpedido’ de impeachment nada mais é do que um resumo daqueles pedidos que já foram apresentados ao longo desses dois anos e meio”, disse.

    “São 122 pedidos que não tiveram qualquer avanço na Câmara, porque não há, por um lado, nem viabilidade política, porque o governo federal tem uma base consolidada na Câmara, e nem viabilidade jurídica, simplesmente porque não há fato determinado ou um crime, com alguma materialidade que possa ser comprovada, que possa ser seriamente imputado ao presidente da República ou algum de seus ministros.” 

    Um pedido amplo de impeachment do presidente Jair Bolsonaro foi protocolado na quarta-feira (30) por um grupo que reúne parlamentares de diversos partidos, líderes sociais e movimentos populares. 

    O documento reúne em uma coisa só os argumentos de outros 122 pedidos pelo impedimento de Bolsonaro já apresentados à Presidência da Câmara, atualmente ocupada pelo aliado Arthur Lira (PP-AL).

    Questionado sobre uma das principais acusações, de que Bolsonaro teria sido omisso em relação às informações de irregularidade nas negociações da vacina indiana Covaxin, Vitor Hugo afirmou que o presidente fez o que lhe cabia. 

    Vitor Hugo (PSL-GO), deputado federal e líder do PSL na Câmara (04.Jul.2021)
    Vitor Hugo (PSL-GO), deputado federal e líder do PSL na Câmara dos Deputados (04.Jul.2021)
    Foto: Reprodução/CNN

    O que se vê até o momento é que não houve nenhuma irregularidade por parte do presidente”, afirmou. “Se ele, ao receber uma notícia de um possível irregularidade se reportou, como foi noticiado pela imprensa, ao seu ministro [o então ministro da Saúde Eduardo Pazuello], que é o responsável por fiscalizar e cumprir os contratos, da parte do presidente não houve falha.”

    Superpedido de impeachment

    O novo pedido coletivo de impeachment menciona mais de 20 crimes que teriam sido cometidos por Bolsonaro em seu mandato. Eles incluem crimes contra a União, o livre exercício dos poderes, a segurança interna, a probidade na administração, o dinheiro público e o cumprimento de decisões do Judiciário.

    Ao todo, o documento é assinado por 46 parlamentares, entidades e partidos. As legendas que subscrevem o pedido de impeachment são PCB, PSB, PT, PSTU, Psol, PDT, PCdoB, PCO, Rede Sustentabilidade e Cidadania. 

    Tópicos