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    Veja as perguntas que a CPI deve fazer para Ricardo Barros, convocado para depor

    A CPI da Pandemia aprovou nesta quarta-feira (30) a convocação do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros, para depor na comissão

    Líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR)
    Líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR) Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados

    Basília Rodriguesda CNN

    A CPI da Pandemia aprovou nesta quarta-feira (30) a convocação do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros, para depor na comissão. O deputado virou alvo da CPI depois que o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) disse ter ouvido do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que o contrato para aquisição de vacinas Covaxin era “rolo” de Barros.

    O roteiro de perguntas do relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), ainda não está pronto. A avaliação é de que até o dia do depoimento, pela agitação em Brasília, novos indícios de irregularidades devem surgir. Mas a CNN conversou com senadores da comissão para antecipar algumas perguntas que serão feitas ao parlamentar, um dos principais nomes do Partido
    Progressista.

    Veja os principais questionamentos abaixo:

    1) Como Barros reage à afirmação de que o “rolo da vacina é coisa do Ricardo Barros”, expressão que teria sido usada na conversa entre o presidente da República, Jair Bolsonaro, e o denunciante, o deputado federal Luís Miranda, em encontro no Alvorada sobre a suposta irregularidade no contrato da Covaxin?

    2) Após a citada reunião, o presidente Jair Bolsonaro esteve com o líder Ricardo Barros? A denúncia chegou a ser objeto de conversa entre os dois?

    3) Como crítico da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Barros chegou a participar diretamente da negociação de vacinas? Quais?

    4) Qual relação Ricardo Barros mantinha com Francisco Maximiano, dono da Precisa Medicamentos, que intermediou a compra de vacinas da Covaxin com o Ministério da Saúde? Maximiano é sócio de outra empresa, a Global Gestão em Saúde, que intermediou outro contrato suspeito com o Ministério da Saúde, quando Barros era o ministro.

     5) Sobre essa denúncia da Global, Barros responde a processo a parte. A CPI quer que ele se manifeste sobre a acusação dos irmãos Miranda de que o esquema de corrupção na compra de remédios seria crônico. Barros teve conhecimento de que houve pressão na negociação de um contrato de R$ 20 milhões para a compra de medicamentos para doenças raras que nunca foram entregues durante o período em que foi ministro?

    6) Na condição de ministro da Saúde, Ricardo Barros tomou conhecimento de algum esquema de corrupção na pasta? E, se sim, quais providências adotou?

    7) Como se deu a chegada de Ricardo Barros à liderança de governo na Câmara? Ele não era alinhado ao Planalto no início do governo. O que resultou na mudança? Quais e quantas indicações Ricardo Barros possui no governo? Como exemplo disso, seria a indicação da esposa de Barros para o cargo de conselheira de Itaipu, Cida Borghetti, que também é ex-governadora do Paraná.

    8) Qual a participação de Ricardo Barros na nomeação do diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, que está no cargo desde o início de 2019 e foi exonerado nesta terça-feira, em meio ao escândalo? Apesar de Barros afirmar que na época o ministro era Henrique Mandetta, a indicação de Dias é atribuída a ele. O diretor é apontado como integrante do esquema de propina e superfaturamento na compra de vacinas.

    9) A mesma dúvida recai sobre a nomeação de Regina Célia Silva, funcionária do Ministério da Saúde que teria dado aval à importação mesmo diante de divergências no contrato da Covaxin. Ela chegou ao ministro em 2017, quando o ministro era Barros. Outro nome citado na denúncia é o do funcionário Rodrigo de Lima, também da pasta.

    10) Barros mantém relacionamento pessoal ou profissional com o lobista Silvio Assis? De que forma essa eventual relação interferiu na compra de vacinas?