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    Pressionado, Bolsonaro diz que CPI não ganhará ‘no tapetão’ e repete motociata

    Assim como em motociatas anteriores, presidente foi acompanhado por milhares de apoiadores em Santa Catarina, não usou máscara e pediu 'voto auditável'

    Bia Gurgel, Murillo Ferrari e Rafaela Lara, da CNN, em Brasília e em São Paulo

     

    O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) participou na manhã deste sábado (26) de um passeio de motos com apoiadores em Chapecó, no oeste de Santa Catarina. 

    No início da tarde, o presidente discursou aos apoiadores que o acompanhavam. Pressionado após o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) revelar durante depoimento na CPI da Pandemia que Bolsonaro citou Ricardo Barros (PP-PR) ao saber do caso Covaxin, o presidente afirmou que “temos uma CPI de sete pilantras que não querem investigar quem recebeu o dinheiro, só quem mandou o dinheiro”.

    O “sete”, no caso, é uma alusão de Bolsonaro ao grupo de senadores de oposição e independentes que direciona os trabalhos da comissão. “Infelizmente o STF decidiu pela CPI. No tapetão não vão levar”, completou o presidente.

    Após ouvir na sessão de sexta-feira os irmãos Miranda – além do deputado, o servidor do Ministério da Saúde Luís Ricardo Miranda –, o vice-presidente da comissão, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou que a CPI vai votar na próxima semana a possibilidade de notificar formalmente o Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a suspeita do crime de prevaricação por parte de Bolsonaro.

    Recentemente, o presidente fez outras “motociatas” em Brasília, no Rio de Janeiro e em São Paulo. Neste sábado, mais uma vez sem usar máscara no contato com os apoiadores e promovendo aglomerações, Bolsonaro voltou a repetir o discurso adotado em outras ocasiões, afirmando que “só Deus” o tira de Brasília, pedindo voto auditável e que foi contrário às medidas restritivas adotadas para conter a pandemia. 

    Bolsonaro participa de passeio de moto com apoiadores em Chapecó, SC
    O presidente Jair Bolsonaro (C) participa de passeio de moto com apoiadores em Chapecó, SC
    Foto: Tarla Wolski – 26.jun.2021/Futura Press/Estadão Conteúdo

    O passeio saiu de Chapecó próximo das 9h20 e chegou na cidade vizinha de Xanxerê por volta das 10h40, onde o presidente participou da inauguração de uma agência da Caixa Econômica Federal (CEF). Na ocasião, muitos apoiadores se aglomeravam no local. Ele retornou à Chapecó por volta das 11h. 

    “Temos eleição ano que vem e se Deus quiser com o voto auditável. Tiraram um vagabundo da cadeia e o tornaram elegível. O Brasil está mudando, a economia mostra isso. Eu não tirei o emprego de ninguém porque não fechei nada”, disse Bolsonaro em Chapecó, de onde retorna para Brasília.

    O presidente Jair Bolsonaro (C) visita a Arena Condá, em Santa Catarina
    O presidente Jair Bolsonaro (C) visita a Arena Condá, em Santa Catarina
    Foto: Divulgação/Prefeitura de Chapecó

    Vídeos com trechos do passeio foram publicados na página de Bolsonaro no Facebook. Assim como nos eventos anteriores, o presidente não usou máscara de proteção durante o passeio e causou aglomerações. Ele levou o prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), também sem máscara, na garupa.

    Em Santa Catarina, o item é obrigatório e passível de multa no valor de R$ 500 para quem não a usar em espaços fechados. A motociata em Chapecó foi anunciada pela prefeitura da cidade no dia 15, depois da confirmação da visita de Bolsonaro ao município.

    Prisão

    Uma mulher teria sido presa em Porto Alegre por bater panela e gritar palavras de ordem contra o presidente Jair Bolsonaro, durante motociata que ocorreu pela Região Metropolitana da cidade, na manhã deste sábado (10).

    Segundo relatos, a mulher e um grupo de pessoas estavam gritando palavras de ordem contra o presidente. Alguns motociclistas passaram, e houve discussão. O caso ocorreu na esquina da Avenida João Pessoa com a Avenida Venâncio Aires.

    O homem que gravou o vídeo relatou à repórter Bruna Ostermann da CNN que não presenciou nenhuma agressão da mulher contra os policiais ou desacato. Disse ainda que, logo após ela discutir com os apoiadores do presidente, os policiais a imobilizaram e a colocaram na viatura. 

    Ela foi encaminhada ao Palácio da Polícia.

    Em nota, a Secretaria de Segurança Pública afirmou que a mulher “começou a ameaçar os motociclistas passavam, quando foi abordada e solicitada por diversas vezes a se afastar do leito da via”. Ela teria se recusado a sair e desacatado um policial militar.

    A manifestante foi liberada mediante produção de termo circunstanciado por desobediência.

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