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    Exaustão não pode ser maior do que busca pela verdade, diz Randolfe

    Vice-presidente da comissão parlamentar de inquérito rebateu críticas da defesa de que Emanuela Medrades tenha sofrido violência psicológica durante oitiva

    Produzido por Basilia Rodrigues, da CNN, em Brasília

    O cansaço de depoentes e membros da CPI da Pandemia não devem ser justificativas para interrupção dos trabalhos, avalia o vice-presidente da comissão, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). 

    Em entrevista à CNN nesta quarta-feira (14), Randolfe afirmou que a CPI teve “toda a tolerância possível” com a diretora da Precisa Medicamentos Emanuela Medrades, que, durante oitiva na terça (13), optou pelo silêncio amparada por habeas corpus concedido por Luiz Fux, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF).

    A comissão recorreu no Supremo, mas a sessão foi suspensa após Emanuela alegar exaustão para continuar no Senado. O depoimento será retomado hoje. Além de Medrades, os senadores também ouvirão o sócio-administrador da mesma empresa, Francisco Maximiano. 

    “Reconhecemos a exaustão que ela deve estar, que nós também estamos, mas a exaustão não pode ser maior do que a busca pela verdade”, disse Rodrigues. “Espero sinceramente que isso não tenha sido artifício jurídico, da competente e cara bancada de advogados que foi contratada para defender ela e Maximiano.”

    Randolfe rebateu as críticas da defesa de que Emanuela tenha sofrido violência psicológica durante a oitiva.

    “Se tem que alguém que não é afeito dessa prática, em especial em relação às mulheres, é a nossa parte da comissão parlamentar de inquérito”, afirmou o senador. “Se tem alguns que são mais voltados à misoginia, são outros senadores e, talvez, seja da própria postura do presidente da República pelos notórios acontecimentos”, completou.

    Quebra de sigilos

    Randolfe Rodrigues defendeu que as quebras de sigilos de testemunhas da CPI da Pandemia não são usadas para declarar alguém investigado da comissão, conforme alegou Emanuela Medrades.

    “É um meio para a obtenção de informações sobre eventuais investigados que aquela testemunha tenha dialogado e, mais do que isso, é um meio para inquirir a testemunha e avaliar depois se ela passa a condição de investigada ou não”, disse o vice-presidente da CPI.

    “Nesses dois casos [Emanuela e Maximiano], eles obtiveram o habeas corpus no STF não pela quebra de sigilos, mas pelo inquérito instaurado na PF”, explicou Randolfe. “Causa espanto em todos nós que esse inquérito tenha sido instaurado somente às vésperas do depoimento de Francisco Maximiano.”

    Senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI da Pandemia
    Senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI da Pandemia
    Foto: CNN Brasil (14.jul.2021)