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    BNDES quer retomar lançamento de IPOS e afirma já ter empresas prontas para isso, diz Mercadante

    O presidente da instituição disse que a meta do banco é chegar a 2% do PIB em desembolsos até 2026

    Declaração do presidente do BNDES foi dada durante a divulgação dos resultados financeiros da instituição
    Declaração do presidente do BNDES foi dada durante a divulgação dos resultados financeiros da instituição Diego Mendes

    Diego Mendesda CNN São Paulo

    O presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, disse nesta sexta-feira (17) que a instituição está com projeto para retomar o apoio para lançamentos de novos IPOs (Oferta pública inicial, em português) aqui no Brasil e que já tem empresas preparadas para abrir capital.

    “Temos empresas prontas para isso, estamos trabalhando fortemente para isso”, disse o presidente do BNDES.

    A declaração foi dada durante a divulgação dos resultados financeiros da instituição referente ao terceiro trimestre de 2023.

    Segundo Mercadantes, a meta do banco é chegar a 2% do Produto Interno Bruto em desembolsos em 2026.

    “Continua, mas tem que haver demanda”, acrescentou o diretor de planejamento do BNDES, Alexandre Abreu.

    Referente a novas captações, Mercadante informou que o BNDES pode vender ações em carteira, mas não tem urgência e que não irá destruir o capital do banco para isso.

    BNDES X TESOURO

    Mercadante foi questionado referente ao acordo que firmou com o Ministério da Fazenda para parcelar em oito vezes, até 2030, a devolução de R$ 23 bilhões ao Tesouro Nacional.

    Em nota, o BNDES explicou que esta dívida deveria ser paga até novembro deste ano, de acordo com previsão anterior. Destaca ainda que o Tribunal de Contas da União (TCU) permite que o Fazenda e BNDES pactuem cronogramas.

    Segundo o presidente, se a instituição tiver de devolver os R$ 23 bilhões que deve ao Tesouro de uma vez, o banco terá de interromper as aprovações de crédito para diversos setores, principalmente na agricultura.

    “Se BNDES tiver de devolver cerca de R$ 23 bi ao Tesouro agora, banco terá que retardar aprovações e cortar desembolsos para uma série de setores, incluindo agricultura”, disse o presidente da instituição.

    Sobre recursos capitados junto ao Tesouro, o banco informou que pagou regularmente R$ 148,97 bilhões e liquidou antecipadamente R$ 544,30 bilhões — totalizando R$ 693,17 bilhões.

    “Tais recursos são fundamentais para atender o aumento da demanda de crédito e de desembolso do BNDES e não incidem sobre as metas de resultado primário do Orçamento”, diz a nota.

    De 2008 a 2014, o BNDES recebeu R$ 440,8 bilhões em títulos públicos e instrumentos híbridos de dívida e de capital.

    Os recursos reforçaram o capital da instituição financeira para ampliar os empréstimos a empresas, principalmente no antigo Programa de Sustentação do Investimento (PSI), que envolvia linhas especiais de crédito para financiar a compra de máquinas e de equipamentos por empresas e investimentos em pesquisa e inovação.

    *Com informações da Reuters.