Campanha de Milei questiona processo eleitoral; Massa diz que opositor copia tática de Bolsonaro e Trump
Sem apresentar provas, ultraliberais questionam empresa que ajuda na contagem de votos
A campanha do candidato à Presidência da Argentina Javier Milei, da coalização La Libertad Avanza, voltou a levantar dúvidas sobre a lisura do processo eleitoral argentino na quinta-feira (16), último dia de campanha no país.
A equipe do oposicionista anunciou medidas antifraude e criticou dois aspectos das eleições argentinas. Sem apresentar provas, os ultraliberais acusaram uma empresa espanhola, que ajuda na contagem dos votos, de ser “amiga” de Pedro Sanchez, primeiro-ministro da Espanha.
Sanchez é socialista e declarou apoio à candidatura de Sergio Massa, ministro da Economia da Argentina e representante da coalização governista Unión por la Patria.
A campanha de Milei ainda questionou o trabalho dos policiais que acompanham as urnas até os centros de contagem de voto. Apesar do tom de quase acusação adotado, também não foram apresentadas provas.
As falas foram rechaçadas por Massa, que afirmou que Milei copia táticas de candidaturas de direita que perderam eleições recentemente, como a do ex-presidente norte-americano Donald Trump e o ex-presidente do Brasil Jair Bolsonaro (PL).
A partir das 8h desta sexta-feira (17), a campanha eleitoral está proibida na Argentina. Há expectativa de que as redes sociais continuem repletas de vídeos, fotos e textos sobre os dois candidatos.
Os últimos dias foram marcados pela disseminação de informações negativas, e até mesmo falsas, na internet, especialmente nos aplicativos de mensagem como o WhatsApp e o Telegram.
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Com informações de Fernando Nakagawa