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    Lucas, Ane e Marcus: os primeiros competidores individuais do Brasil nos Jogos

    Depois do futebol, é a vez de remo e tiro com arco terem presença brasileira ainda antes da abertura oficial, marcada para sexta-feira (23)

    Paulo Junior, colaboração para a CNN*

    Lucas Verthein, 23, estreia nas Olimpíadas como único brasileiro na disputa do remo e precisa ficar entre os três primeiros de sua bateria para avançar às quartas de final de sua categoria. Ane Marcelle dos Santos, 27, chegou às oitavas de final nos Jogos de 2016 e volta à disputa do tiro com arco, que começa com uma rodada de ranqueamento apenas para distribuir as atletas na chave eliminatória. Marcus D’Almeida, 23, parceiro de Ane nas duplas mistas, também volta ao evento na competição masculina após a primeira experiência no Rio há cinco anos.

    Depois das estreias do futebol, esses são os primeiros atletas individuais brasileiros em competição nos Jogos, ainda na sexta-feira (23), antes da abertura oficial do evento. Pelo fuso horário de Brasília, a categoria single skiff do remo começa às 20h30 de quinta (22), seguido pelo tiro com arco feminino, às 21h, e o masculino já tomando a madrugada, a partir de 1h de sexta (23).

    “A ansiedade está bem alta. Acredito que, especialmente pela pouca idade que eu tenho, estar indo reprensentar meu país como o único atleta da minha modalidade também é algo que me deixa ansioso”, disse Verthein.

    O carioca tem uma medalha de mundial júnior e também foi ao pódio no Pan-Americano antes de vencer o Pré-Olímpico das Américas, em março, na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro. Em Tóquio, ele encontra adversários da primeira prateleira do esporte, como o norueguês Kjetil Borch, campeão mundial na categoria em 2018 e que começa os Jogos remando ao lado do brasileiro.

    Lucas Verthein é o representante brasileiro no remo nas Olimpíadas 2020
    Lucas Verthein é o representante brasileiro no remo nas Olimpíadas 2020, em Tóquio
    Foto: Miriam Jeske/COB

    Para quem vai ficar de olho, a conta é simples. De uma corrida entre seis competidores, os três primeiros avançam para as quartas de final e os três últimos ainda têm uma chance de seguir adiante pela repescagem. A melhor marca da carreira de Verthein é 6min49, e ele mira alcançar o tempo mais rápido da vida para quem sabe se aproximar dos medalhistas. Só cinco atletas remaram abaixo disso nas Olimpíadas de 2016.

    Ane Marcelle

    O tiro com arco começa com uma disputa que não classifica nem elimina ninguém. As 64 competidoras apenas pontuam para definir o chaveamento, com a primeira colocada pegando a última, a segunda enfrentando a 63ª, e assim por diante. Em 2016, Ane Marcelle ficou na 26ª posição nesse início e depois ganhou seus dois confrontos, contra uma japonesa e uma australiana, até cair nas oitavas de final para uma rival britânica.

    Foi o suficiente para fechar a participação na 9ª posição e firmar a melhor posição da história da modalidade em Jogos Olímpicos. Para este ciclo, ela chegou a ficar sem técnico, mas se recuperou em 2019 com a chegada de Jorge Luiz Carrasco até vencer o Pré-Olímpico das Américas no início deste ano, no México.

     Marcus D’Almeida

    Ainda muito jovem, aos 18 anos, Marcus D’Almeida chegou a figurar no primeiro escalão do ranking mundial, mas quando chegou às Olimpíadas em casa, no Rio de Janeiro, acabou parando logo na primeira rodada eliminatória. Com a queda precoce também na disputa por equipes, ele acabou frustrado e por pouco não desistiu da carreira.

    “Apenas alguns anos depois eu compreendi o que foi a Rio-2016 para mim. Hoje eu entendi o tamanho de tudo aquilo, vi que consegui criar uma identidade e como eu posso usar essa experiência”, disse em entrevista publicada pelo Comitê Olímpico Brasileiro.

    Num novo momento, foi treinar na Coreia do Sul com uma referência na modalidade, o treinador Kim Hyun Tak. Voltou aos bons resultados, foi medalhista no Pan e terminou o campeonato mundial no nono lugar.

    Ane Marcelle e Marcus D'Almeida são a dupla brasileiro do tiro com arco
    Ane Marcelle e Marcus D’Almeida representam o Brasil no tiro com arco nas Olimpíadas 2020
    Foto: World Archery/Divulgação

    As competições individuais começam na sexta (23) e voltam na terça (27). Antes, no sábado (24), Ane Marcelle e Marcus D’Almeida se juntam para a competição por duplas mistas, novidade desta edição das Olimpíadas e com medalhas já definidas no próprio dia. Os duelos por times não terão presença brasileira.

    “Eu chego a Tóquio muito confiante em trazer uma medalha nessa prova. Pela consistência de nosso treinamento, nós temos a possibilidade”, disse Ane Marcelle, ao COB, sobre as chances nas duplas mistas.

    (*Com informações do Olimpíada Todo Dia.)

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