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    Governo federal diz que apura ameaças e que pode oferecer proteção a repatriados

    Hasan Rabee alega que tem recebido mensagens hostis via redes sociais desde que chegou ao Brasil

    Leonardo Ribbeiroda CNN , Brasília

    O governo federal disse, nesta quinta-feira (16), que pode oferecer proteção a repatriados da Faixa de Gaza que estão sendo ameaçados. A Polícia Federal (PF) também vai apurar o caso.

    “A respeito dos repatriados de Gaza que estão recebendo mensagens ofensivas ou sofrendo ameaça, a Secretaria Nacional de Justiça do Ministério da Justiça e Segurança Pública (Senajus/MJSP), enquanto coordenadora da operação de acolhimento, comunica que as denúncias estão sendo apuradas e serão encaminhadas para a investigação da Política Federal (PF)”, diz nota divulgada pelo Ministério da Justiça.

    Repatriado no início da semana, Hasan Rabee alega que tem recebido mensagens hostis via redes sociais. A CNN teve acesso a parte do conteúdo, no qual ele é intimidade e chamado de terrorista. Também há menções ao fato de ter aparecido ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

    A advogada Talitha Camargo de Fonseca, que representa Hasan, diz que, até o momento, foram recebidas mais de 200 mensagens com crimes de perseguição, injúria racial, ameaça de execução, difamação e calúnia.

    “Vamos levar a requisição de instauração de inquérito policial à Delegacia de Crimes Digitais, aqui de São Paulo, para que todos recebam as punições devidas e arquem com as consequências de danos morais”, afirma.

    VÍDEO – Não há como dissociar ameaças recebidas com disputa política

    O Ministério dos Direitos Humanos informou que “qualquer cidadão ou cidadã que tiver seus direitos violados pode acionar a Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, por meio dos seus diversos canais de atendimento como o Disque 100”.

    Ainda segundo a pasta, Hasan poderá ser beneficiado por programa de proteção. “Após protocolado o pedido por parte do cidadão ou da cidadã, o ministério faz a avaliação da pertinência da inclusão da pessoa no programa, e se for o caso, procede com os encaminhamentos”, explica em nota.

    O ministério reforçou a posição de que “são condenáveis todas as manifestações de ódio ou ameaça, sejam elas contra quem for”. “Não há lugar para o antissemitismo, islamofobia ou qualquer tipo de preconceito ou discriminação”.

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