Pela segunda vez, Fifa multa México por gritos homofóbicos em jogo amistoso
Após casos, Federação Mexicana de Futebol afirmou que torcedores que usarem expressões homofóbicas em estádios serão identificados e retirados do local
A Fifa confirmou à CNN nesta quarta-feira (21) que seu Comitê Disciplinar multou a Federação Mexicana de Futebol (FMF) em mais de US$ 108.950 (cerca de R$ 566 mil), depois que seus torcedores gritaram frases homofóbicas durante um amistoso disputado nos Estados Unidos.
Por e-mail, a Fifa informou que a sanção vem para os incidentes registrados durante a partida entre o time mexicano de futebol e o seu homólogo islandês, que foi disputado no estado do Texas em 29 de maio.
“O FMF foi notificado hoje da decisão”, informou a agência. A Federação Mexicana não respondeu imediatamente aos pedidos de informações sobre a multa encaminhados pela CNN.
Esta é a segunda sanção que o México recebe devido aos cantos homofóbicos apenas neste ano.
No dia 19 de junho, a Fifa puniu a Federação com multa de mais de US$ 65 mil (cerca de R$ 337 mil), além do fato de que a seleção teria que jogar seus próximos dois jogos oficiais à porta fechada devido aos gritos homofóbicos de seus torcedores durante as duas eliminatórias.
Depois da sanção, o presidente da FMF, Yon de Luisa, disse em coletiva que tanto a Federação local quanto os clubes da Liga vêm tomando medidas desde setembro de 2019 para impedir que esses cantos homofóbicos aconteçam nos estádios.
“No entanto, isso não tem sido suficiente”, disse a federação e pediu aos torcedores que parassem com a prática de usar expressões homofóbicas.
“Em nome de todos os torcedores que querem ver nosso time disputando a próxima Copa do Mundo no Catar, vamos parar, vamos parar agora, por favor. [Os gritos], além de discriminatórios, [estão] longe de nos identificar como os grandes fãs, que sim somos, está nos afastando da nossa seleção”, disse Yon de Luisa.
Campanha contra homofobia nas redes sociais
Por sua vez, o FMF em conjunto com a Liga MX e o Conselho Nacional de Prevenção da Discriminação (Conapred) apresentou a campanha #GritaMéxico, que é “a favor da inclusão e contra qualquer ato discriminatório”, de acordo com um comunicado publicado nesta quinta-feira (21).
“Gritar e expressar sua paixão faz parte do espetáculo esportivo, mas usar a gritos homofóbicos não. Fazemos um apelo à união, sensibilidade e colaboração com os adeptos e com toda a sociedade: substitua um grito insultuoso por um grito pelo México ou um grito pela sua equipe preferida”, disse Mikel Arriola, presidente da Liga MX.
Pessoas que usarem expressões homofóbicas em estádios serão identificadas e retiradas do local.
(Esse texto é uma tradução. Para ler o original, em espanhol, clique aqui)