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    Petróleo sobe mais de 1% após previsão de aumento da demanda pela Opep

    Barril Brent subiu para US$ 82,52 com aumentou da demanda pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo em 100 mil barris por dia em 2023

    Gabriel Tassi Lara, do Estadão Conteúdo

    Os contratos futuros mais líquidos do petróleo fecharam nesta segunda-feira (13), em alta de mais de 1%, recuperando-se de parte da queda vista na semana passada, depois da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) elevar sua previsão de alta na demanda global para este ano e ajudar a dissipar os temores pelo enfraquecimento da economia global.

    Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para dezembro fechou em alta de 1,41% (US$ 1,09), a US$ 78,26 o barril. Enquanto isso, o Brent para janeiro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), subiu 1,33% (US$ 1,09), a US$ 82,52 o barril.

    Nesta segunda, a Opep elevou em 100 mil barris por dia (bpd) sua previsão de alta na demanda global por petróleo em 2023, para 2,5 milhões de bpd, e deixou inalterada sua previsão para 2024. O cartel também elevou em 100 mil bpd sua previsão para o aumento da oferta de petróleo entre países fora do grupo em 2023, para 1,8 milhão de bpd.

     

     

    Para o analista da Oanda Craig Erlam, o relatório desta segunda indicou que a economia chinesa em desaceleração pode não pesar tanto assim na demanda pela commodity, e “a questão agora é se a Rússia e a Arábia Saudita, membros da Opep+, irão recuar com cortes na produção para além de dezembro”, o que manteria a oferta apertada e os preços elevados.

    Segundo Fawad Razaqzada, do City Index, a queda nos preços do petróleo tende a ser limitada este ano. “Dado que os preços do petróleo enfraqueceram nas últimas semanas, a Arábia Saudita e a Rússia provavelmente continuarão com os seus cortes voluntários na oferta no próximo ano”, ele explica, e argumenta que a queda do número de plataformas de exploração de petróleo em atividade nos EUA também deve reduzir a oferta da commodity entre os países que não são integrantes da Opep, favorecendo preços mais elevados.

    A preocupação com a demanda fragilizada de EUA e China parece ter sido balanceada pela possibilidade de restrição de oferta, pondera ele. Na análise, Razaqzada diz que os riscos geopolíticos com o avanço da guerra no Oriente Médio, com Israel alertando que o confronto pode escalar para território libanês, não têm sido suficientes para sobrepor a preocupação com a economia mundial.

    Recentemente, também foi registrada grande demanda por passagens aéreas nos EUA às vésperas do feriado americano de Ações de Graças, o que também contribui para a alta dos preços do petróleo.

    Veja também: Lucro da Petrobras cai mais de 40% na comparação anual

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