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    Resgates de pessoas em Gaza ficarão mais difíceis, avalia Itamaraty

    Após saída de brasileiros, há uma segunda lista que tem entre 40 e 50 cidadãos do país interessados em deixar a região; ministério prevê desafio maior

    Basília Rodrigues

    Após a retirada do grupo de brasileiros da Faixa de Gaza, o Itamaraty avalia que ficará mais difícil para qualquer país cumprir novas missões de repatriação na região, segundo apurou a CNN.

    Uma das razões é o cerco de Israel aos hospitais e instalações de saúde no norte do país, o que tem aumentado a presença militar de israelenses na região e também o clima de desconfiança de que haja integrantes do Hamas entre os civis que tentam fugir da guerra.

    A saída do grupo de brasileiros ocorreu após intensa negociação, com mudança excepcional das regras de prioridade, intermediada pelo Catar.

    Pela primeira vez desde a abertura da fronteira de Rafah, não houve neste fim de semana a exigência de que as ambulâncias com feridos saíssem primeiro. A prioridade foi invertida dando preferência para saída dos estrangeiros, entre eles os brasileiros.

    A falta de previsibilidade sobre a abertura da fronteira com o Egito é uma péssima notícia para quem ficou para trás. Das 7 mil pessoas que declararam interesse em deixar a região, apenas cerca de metade conseguiu sair até agora.

    Conforme apurou a CNN, além deste primeiro grupo que conseguiu deixar Gaza após 35 dias desde o início do conflito, há uma segunda lista que tem entre 40 e 50 pessoas interessadas em deixar a região.

    São brasileiros e parentes próximos que demonstraram interesse na repatriação após a escalada do conflito e da crise humanitária.

    O Itamaraty, no entanto, trata os novos pedidos como pontuais. Houve ampla consulta à comunidade brasileira até o fim de outubro. Na ocasião, porém, nem todos os brasileiros da região manifestaram interesse.

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