Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Sistema de saúde em Gaza atingiu “ponto de não retorno”, diz Cruz Vermelha

    Organização das Nações Unidas para os direitos da criança (Unicef) afirmou que as vidas de um milhão de crianças em Gaza estão atualmente "por um fio"

    Naimh KennedyJomana KaradshehAbeer Salmanda CNN

    O sistema de saúde de Gaza ultrapassou o “ponto de não retorno” – situação que, quando alcançada, não permite a volta ao estado anterior -, informou o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) em comunicado na sexta-feira (10).

    “Sobrecarregado, com poucos recursos e cada vez mais inseguro, o sistema de saúde em Gaza atingiu um ponto de não retorno, colocando em risco a vida de milhares de feridos, doentes e pessoas deslocadas”, alertou o CICV.

    Os recentes “ataques a instalações e pessoal médico” desferiram um “forte golpe” no sistema de saúde em Gaza, “que está gravemente enfraquecido após mais de um mês de intensos combates”, segundo o grupo.

    O CICV destacou a situação no “maior hospital de referência na Faixa de Gaza”, o Hospital Al-Shifa, na Cidade de Gaza.

    O Ministério da Saúde administrado pelo Hamas em Gaza disse num comunicado enviado à CNN neste sábado (11) que al-Shifa estava agora “fora de serviço”, com o quinto andar do edifício cirúrgico fortemente bombardeado e a equipe médica incapaz de se mover dentro do complexo.

    A CNN entrou em contato com as Forças de Defesa de Israel (FDI) para comentar a situação em al-Shifa. As FDI já acusaram anteriormente o Hamas de usar infraestruturas civis, como hospitais, como bases para lançar ataques.

    A organização das Nações Unidas para os direitos da criança (Unicef) afirmou na sexta-feira que as vidas de um milhão de crianças em Gaza estão atualmente “por um fio”, citando dois outros hospitais no norte de Gaza.

    “Nas últimas 24 horas, os cuidados médicos nos hospitais infantis de Al-Rantisi e Al-Nasr quase cessaram, com apenas um pequeno gerador alimentando as unidades de cuidados intensivos e de cuidados intensivos neonatais”, afirmou a Unicef.

    Na sexta-feira, o diretor do hospital Al Nasr e do hospital pediátrico Al Rantisi disse à CNN que seus complexos hospitalares foram “completamente cercados” por tanques israelenses.

    “Não temos eletricidade, nem oxigênio para os pacientes. Não temos remédios, nem água”, disse Mustafa al-Kahlout.

    Com os combates intensos na Cidade de Gaza, outros hospitais relataram ataques nas suas proximidades.

    Além de fornecerem serviços médicos, os hospitais abrigam milhares de palestinos.

    Veja também – Brasileiro em Israel: Vamos ao bunker pelo menos uma vez por dia

    Tópicos