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    Sobrevivente de ataque do Hamas em rave diz à CNN que ofereceu carona para brasileira que morreu

    "Ela quis esperar um amigo", lamenta Rafael Birman, que fugiu de festa onde centenas de pessoas foram mortas pelo grupo radical islâmico em Israel

    Duda Cambraiada CNN* , São Paulo

    “Nós oferecemos carona para a Bruna. Ela quis esperar um amigo”. Assim Rafael Birman relatou à CNN seu último encontro com Bruna Valeanu, brasileira que foi morta durante o ataque do Hamas a uma rave em Israel, no dia 7 de outubro, onde ele também estava.

    Após esse momento, Rafael e um grupo de amigos atravessaram territórios desconhecidos até encontrar um abrigo seguro. Eles não tinham dimensão de que a ação do grupo radical islâmico não se restringia àquela festa.

     

    “Nós éramos o alvo”

    Não havia anormalidade durante o evento. O brasileiro contou que os frequentadores dançavam juntos e se divertiam até a invasão terrorista. Não houve outra alternativa senão fugir — ainda que sem a certeza de para onde.

    “Na fuga, nos deparamos com um carro destruído. A menina [que dirigia o veículo] estava ensanguentada, e alertava para a presença de terroristas”, disse.

    Ele e seus colegas pegaram um atalho por uma estrada de terra, até que o perigo esteve perto como nunca: “Quando uma das janelas do nosso carro estourou, percebemos que nós éramos o alvo”.

    Ao chegarem a uma pequena cidade habitada, um israelense os ofereceu alimentos, água e abrigo. Só então Rafael pôde avisar a seus familiares que estava seguro e teve dimensão de que o episódio que viveu marca o início de uma guerra.

    Rafael teve de deixar a cidade de Tel Aviv, onde vivia, a contragosto: “Não queria ter saído, mas os dias se passavam e eu tinha medo de ir às ruas”.

    Além de Bruna, que tinha 24 anos, outros dois brasileiros foram mortos no conflito: Ranani Glazer, também de 24 anos, e Karla Stelzer, de 42.

    *Publicado por Leonardo Rodrigues, da CNN

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