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    PF apura se presos suspeitos de ligação com Hezbollah planejaram ato nas Olimpíadas do Rio

    Polícia Federal prendeu duas pessoas nesta quarta-feira (8) suspeitas de ligação com o grupo radical islâmico

    Elijonas MaiaTainá Falcãoda CNN , em Brasília

    A Polícia Federal apura se os dois brasileiros presos nesta quarta-feira (8), suspeitos de ligação com o grupo radical islâmico Hezbollah, estariam envolvidos com o planejamento de atentados terroristas em 2016, durante as Olimpíadas do Rio de Janeiro.

    Mensagens em grupos de aplicativo são monitoradas e apuradas pelo Setor de Inteligência da PF, em Brasília. Com base nas apreensões dessa operação de hoje, de equipamentos eletrônicos, os investigadores querem avançar nessa questão.

    Em 2016, os presos – duas semanas antes das Olimpíadas – foram os primeiros detidos com base na recém-sancionada Lei de Antiterrorismo, assinada pela então presidente Dilma Rousseff. Eles foram condenados.

    Dois procurados

    Além dos dois presos hoje em São Paulo, a PF busca outros dois alvos. Eles não foram encontrados no Líbano, onde houve buscas, e foram inseridos na difusão vermelha da Interpol, a polícia internacional.

    Com base nessa inserção, a Interpol passa a procurar os dois alvos, que são considerados foragidos internacionais. Eles podem ser presos em qualquer país que faça parte da rede de polícia internacional.

    Operação da PF

    Além das duas prisões, a PF também cumpriu 11 mandados de busca em Brasília, São Paulo e Minas Gerais.

    Segundo a investigação, os brasileiros preparavam atos de terrorismo no Brasil, com focos em ataques a prédios da comunidade judaica.

    Em Minas Gerais, foram cumpridos 7 mandados de busca e apreensão; no Distrito Federal, 3; e em SP, 1 de busca e 2 de prisão temporária.

    Um dos presos de São Paulo foi detido ao desembarcar de uma viagem ao Líbano. A PF acredita que ele chegou com informações para repassar ao comparsa e praticar os ataques.

    A PF explicou que o objetivo dessa operação, batizada de “Trapiche”, é também obter provas de possível recrutamento de brasileiros para a prática de atos extremistas.

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