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    STF tem maioria para condenar mais cinco réus pelo 8 de janeiro

    Ainda não há definição sobre penas; relator defendeu 14 a 17 anos de prisão

    Lucas Mendesda CNN , em Brasília

    O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria de votos, nesta terça-feira (7), para condenar mais cinco réus acusados de participar da execução dos atos de 8 de janeiro. Essa é a quinta leva de julgamentos pelo caso.

    Ainda não há uma maioria formada para uma proposta de pena ao grupo. O julgamento começou em 27 de outubro e vai até 23h59 desta terça-feira (7).

    Os ministros julgam as ações no plenário virtual, formato em que não há debate e os votos são apresentados em um sistema eletrônico.

    Os réus nesta leva são:

    • Fabrício de Moura Gomes;
    • Rosana Maciel Gomes;
    • Moisés dos Anjos;
    • Osmar Hilebrand;
    • Jorginho Cardoso de Azevedo

    Eles respondem pelos crimes de:

    • Associação criminosa armada;
    • Abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
    • Golpe de Estado;
    • Dano qualificado;
    • Deterioração de patrimônio tombado.

    O relator das ações, ministro Alexandre de Moraes, defendeu penas de 14 a 17 anos de prisão, além de multa de R$ 44 mil e indenização de R$ 30 milhões por danos morais coletivos a ser paga solidariamente (em conjunto) com demais condenados.

    Os ministros Dias Toffoli, Cármen Lúcia e Luiz Fux seguiram a proposta do relator.

    Edson Fachin e Cristiano Zanin votaram para fixar penas de 11 a 15 anos de prisão.

    O caso de um sexto réu — Eduardo Zeferino Englert — estava sendo analisado nesta leva, mas teve o julgamento paralisado depois de um pedido de destaque do ministro Alexandre de Moraes.

    A continuidade do julgamento será feita em formato virtual, em sessão de 17 a 24 de novembro. Os votos já apresentados são zerados.

    O destaque foi feito depois de a defesa do réu ter pedido “esclarecimentos” sobre um trecho do voto de Moraes em que o ministro descreve que o réu teria estado no acampamento em frente ao quartel-general do Exército, em Brasília.

    “Tal fato nunca ocorreu”, afirmou o advogado Marcos Vinicius Rodrigues de Azevedo, no documento apresentado à Corte.

    As denúncias foram oferecidas pela Procuradoria-Geral da República (PGR). O STF já condenou 20 pessoas pela participação nos atos.

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