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    Brasil precisa se preparar para cenário de juros mais altos por mais tempo no mundo, diz Campos Neto

    Presidente do BC enfatizou ainda que apoia iniciativa do ministro da Fazenda por perseguir a meta fiscal

    Diego Mendesda CNN

    O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta terça-feira (7) que o Brasil precisa fazer a “lição de casa” em relação à política fiscal com uma visão no cenário externo e uma perspectiva de juros mais altos por mais tempo.

    “O Brasil precisa fazer ‘lição de casa’ com perspectiva de juros mais altos por mais tempo em outros países no mundo”, disse Campos Neto.

    Falando a investidores no Fórum de Estratégias de Investimentos da Bradesco Asset Management, Campos Neto pontuou que o Brasil tem feito um bom trabalho na parte fiscal em comparação com outros países.

    Segundo ele, isso traz a possibilidade de impactos negativos na liquidez que podem afetar países emergentes.

    Campos Neto enfatizou que apoia a iniciativa do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, por perseguir a meta fiscal.

     

     

    “A gente apoia iniciativa do ministro Haddad de perseguir a meta, fazer o máximo de esforço possível.”

    Entretanto, enfatizou o atual cenário e chamou atenção para a meta de resultado primário.

    “Quando você não cumpre a meta fiscal, isso gera um problema de expectativas piores para frente”, ressaltou.

    A fala veio horas depois da divulgação da Ata do Comitê de Políticas Monetárias (Copom), no qual teve como um dos destaques o crescimento da incerteza sobre a capacidade do governo em cumprir as metas fiscais estabelecidas, ampliando os riscos.

    “O Comitê vinha avaliando que a incerteza fiscal se detinha sobre a execução das metas que haviam sido apresentadas, mas nota que, no período mais recente, cresceu a incerteza em torno da própria meta estabelecida para o resultado fiscal, o que levou a um aumento do prêmio de risco”, apontou o documento.

    Na semana passada, o BC decidiu pelo terceiro corte de 0,50 ponto percentual na taxa Selic, a 12,25% ao ano.

    A instituição disse que sua diretoria antevê reduções equivalentes nas próximas reuniões, apesar de mencionar um ambiente internacional adverso.

    Entretanto, Campos Neto disse que o BC não dá uma previsão de trajetória de juros mais clara porque a incerteza é muito grande.

    “A gente entende que 0,50 é um ritmo apropriado e que temos visibilidade suficiente para falar das duas próximas reuniões”, disse.

    Mas, reforçou a importância de uma previsibilidade da meta fiscal.

    “Se o risco fiscal percebido do Brasil aumentar, isso afeta o prêmio de risco e pode afetar a avaliação do Copom, mas depende de muitas variáveis”, concluiu Campos Neto.

    Veja também: Copom sinaliza mais cortes de 0,5 ponto na Taxa Selic

     

     

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