Luis Díaz: Grupo ELN diz que atividade militar adia libertação de pai do jogador
Atacante do Liverpool pediu a libertação do pai em jogo neste fim de semana, pela Premier League
A libertação do pai de Luis Díaz, jogador do Liverpool, pelo grupo rebelde colombiano Exército de Libertação Nacional (ELN) será adiada enquanto as operações militares continuarem na região, informou o grupo.
A mãe de Díaz, Cilenis Marulanda, e o pai, Luis Manuel Díaz, foram levados por homens armados quando estavam na província de La Guajira em 28 de outubro. Marulanda foi libertada em poucas horas.
O motivo do sequestro não foi esclarecido de imediato, mas fontes de segurança afirmam que o ELN, grupo guerrilheiro de esquerda mais radical da Colômbia, há muito tempo financia suas operações com sequestros, extorsão e tráfico de drogas.
Embora o ELN tenha dito que o pai do jogador de futebol seria libertado “o mais rápido possível”, a presença das forças de segurança da Colômbia na região impede a libertação, disse o grupo em um comunicado neste domingo (5).
“A área ainda está militarizada, há sobrevoos, envio de tropas, transmissões com megafones, ofertas de recompensas e uma intensa operação de pente fino”, informou o comunicado, acrescentando que essas condições não têm permitido a libertação de Luis Manuel Díaz.
“Se as operações continuarem na área, a libertação será adiada e os riscos aumentarão”, disse o ELN.
Este gol es por la libertad de mi padre y de todos los secuestrados de mi país.
Gracias a todos por su apoyo.🙌🏻@europapress @bbcmundo @el_pais @AFP @cruzrojacol @ONU_derechos @ONUcolombia @RevistaSemana @nytimes @Reuters @CNNEE @ElTIEMPO @elheraldoco pic.twitter.com/KuRqYkTPhv
— Luis Fernando Díaz (@LuisFDiaz19) November 5, 2023
O governo da Colômbia informou que o Exército de Libertação Nacional foi responsável pelo sequestro na semana passada.
O grupo rebelde e o governo estão atualmente envolvidos em um cessar-fogo em meio a conversações de paz que buscam acabar com o papel do ELN no conflito armado interno da Colômbia, que já dura seis décadas e deixou pelo menos 450.000 mortos.
O ministro do Interior, Luis Fernando Velasco, disse na semana passada que a situação era “muito grave” e que violava o acordo de cessar-fogo.