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    Gigante do setor de transporte marítimo demite 10 mil pessoas após boom da pandemia encolher

    A dinamarquesa Maersk revelou que enfrenta "condições de mercado desafiadoras", em meio à diminuição da demanda e preços do frete

    Anna Coobanda CNN , London

    Maersk, gigante do setor de transporte marítimo, está demitindo milhares de trabalhadores à medida que a fraca demanda e os preços mais baixos do frete afetam suas receitas – um sinal de que o boom do transporte marítimo, impulsionado pela pandemia, está se transformando em um fracasso.

    Uma das maiores empresas de transporte marítimo do mundo disse em seus resultados do terceiro trimestre na sexta-feira que suas receitas caíram quase pela metade, para US$ 12 bilhões (R$ 58,76 bilhões), em comparação com o mesmo período do ano passado.

    A empresa dinamarquesa cortou cerca de 6500 postos de trabalho este ano, pois está enfrentando “condições de mercado desafiadoras”, conforme revelou. Ela planeja cortar outros 3500, sendo que a maioria dessas demissões ocorrerá nas próximas oito semanas.

    Os cortes combinados reduzirão a força de trabalho da empresa para menos de 100 mil.

    “Nosso setor está enfrentando uma nova normalidade, com uma demanda moderada, preços de volta aos níveis históricos e pressões inflacionárias sobre nossa base de custos”, disse o executivo-chefe da Maersk, Vincent Clerc, em um comunicado.

    A empresa registrou um lucro anual recorde no ano passado, mas vem alertando há meses que o aumento nos preços de remessa de que desfrutou quando as economias reabriram após os bloqueios da pandemia, liberando uma onda de demanda reprimida por produtos, não poderia durar.

    O custo composto do transporte de um container de 40 pés em oito rotas globais ficou em US$ 1406 (R$ 6885,46) esta semana, de acordo com a Drewry Shipping, com sede em Londres. Esse valor está 54% abaixo de seu nível durante a mesma semana em 2022.

    A Maersk também disse que espera que seu lucro para o ano inteiro fique no limite inferior de sua faixa anteriormente declarada de US$ 9,5 bilhões (R$ 46,52 bilhões) a US$ 11 bilhões (R$ 53,87).

    As ações da empresa caíram até 12,5% no início do pregão de sexta-feira, ampliando essas perdas posteriormente para 17,2% às 7h41 (horário do leste dos EUA).

    Veja também: Juiz pede perícia sobre recuperação judicial da Southrock

    *Publicado por Marien Ramos

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