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    Reunião com Lira e Lula foi para tratar de agenda, diz Haddad

    Visivelmente abatido, ministro tenta garantir aumento de arrecadação para 2024

    Thais Herédiada CNN

    Depois de passar praticamente o dia inteiro em reuniões para tratar do orçamento federal, o ministro da Fazenda ainda se fechou no gabinete presidencial para um último encontro desta terça-feira (31) com Arthur Lira e o presidente Lula.

    Na saída do ministério, o chefe da economia disse que trataram apenas sobre o calendário de votações no Congresso Nacional.

    “A reunião foi boa, tratamos da agenda legislativa do segundo semestre. Mas não falamos de cronograma”, disse Haddad sobre o encontro que durou pouco mais de uma hora.

    Visivelmente abatido, o ministro da Fazenda enfrenta o pior ataque ao modelo que escolheu para a política econômica do terceiro mandato de Lula.

    Dessa vez o golpe foi mais forte porque partiu do presidente Lula, que descartou qualquer chance de cumprimento de um déficit zero no ano que vem, como queria Haddad.

    O debate sobre a agenda legislativa vai ser determinante para o governo anunciar uma mudança na meta fiscal, aumentando a flexibilidade de gastos no ano que vem.

    Como disse à CNN o deputado Pedro Paulo, do PSD do RJ, o buraco das contas públicas em 2024 pode chegar a 1% do PIB, o suficiente para acomodar os gastos que o presidente Lula já disse que não aceitar cortar.

    A prioridade do governo é aprovar a tributação da subvenção do ICMS que pode garantir até R$ 35 bilhões aos cofres públicos em 2024. O Congresso pode seguir com a MP 1185 ou um projeto de lei com mesmo objetivo. A opção é a aprovação da MP que tem efeitos imediatos e evita qualquer contratempo na entrada em vigor da medida.

    No parlamento, segundo apuração da CNN, há disposição para tocar a medida, mas não necessariamente manter o mesmo teor da MP, que pode aumentar custos de empresas, especialmente das regiões Norte e Nordeste.

    O Congresso tem até 4 semanas até o final do período legislativo de 2023 para aprovar tudo que o governo precisa, como o PL de tributação dos fundos de investimento e a reforma tributária.

    Veja também – Haddad: Apresentamos medidas para alcançar objetivos

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